Robert Kurz em seu texto discute a questão da modernização. Tendo em vista essa discussão desenvolva um conceito de modernização.
A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente. Destaca-se das demais por ter sido um período, por excelência, de transição. Tradicionalmente, aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, 1453 quando ocorreu a queda de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em 1789.
Algumas correntes historiográficas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos Modernos". Essas correntes procedem a uma divisão entre sociedades pré-industriais e sociedades industriais. De fato, a noção de "Idade Moderna" tende a ser desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade Média até ao advento das Revoluções Liberais e ao fim do regime senhorial na Europa, devido a ampla ação das Cruzadas que expandiram o comércio na Europa.
A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve, principalmente, às divergências de interpretação quanto à origem e evolução do sistema capitalista. O período histórico que vai do século XV ao XVIII é, geralmente, percebido como um período de transição. A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de revolução social cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista". Com base no texto “Marx depois do marxismo” de Robert Kurz é possível concluir que o autor assume exatamente esta postura. Podemos constatar que o autor entende “modernização” como a mudança do modo de produção antigo pelo capitalista. Esta conclusão é apoiada, por exemplo, pelos extratos apresentados abaixo:
Quando Marx escreveu seu "Capital", uma grande porção do globo praticamente não fora ainda arrebatada pela lógica desse modo de produção. As áreas coloniais, das quais uma parte considerável só foi anexada no século 19, foram tocadas apenas na superfície e pontualmente pelo processo capitalista, enquanto a vida na grande hinterlândia persistia nas estruturas pré-modernas.
Assim, o século 19 na Europa e no círculo daqueles países que já se começavam a definir vagamente como "capitalistas" esteve essencialmente sob o signo de uma corrida de recuperação. Essa primeira "modernização retardatária" estabeleceu (na concorrência com a Inglaterra e a França) como que um paradigma que marcou de forma mais duradoura o desenvolvimento da Alemanha e da Itália; e na Ásia, também o do Japão.
Baseado no texto de Kurz, eu acredito que seja correto definir a modernização como a mudança dos modos de produção entre o regime senhorial (pré-industrial) e o modo de produção industrial. Note também que, paralelamente à mudança nos modos de produção, temos as mudanças nas relações sociais. Estas relações, que são alteradas na passagem para o regime capitalista, mostram efeitos, em diferentes momentos, nos diferentes pontos do planeta.
Discussão baseada no texto:
Marx depois do marxismo por Robert Kurz
Folha de São Paulo. São Paulo, 24 de setembro de 2000.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Conceito de Democracia Defendido por Schumpeter.
Apresente o conceito de democracia defendido por Schumpeter.
Schumpeter(1883 – 1950), economista e cientista político, foi um teórico da democracia nua e crua. Segundo ele, a democracia é um método para tomada de decisões no qual o líder político adquire o poder de decidir mediante a luta competitiva pelo voto do eleitor.
Relembremos que as principais dificuldades da teoria clássica da democracia, conforme apresentadas pelo autor, centralizavam-se na afirmação de que o povo tem uma opinião definida e racional a respeito de todas as questões e que manifesta essa opinião pela escolha de representantes que se encarregam de sua execução. Por conseguinte, a seleção dos representantes é secundária ao principal objetivo do sistema democrático clássico, que consiste em atribuir ao eleitorado o poder de decidir sobre assuntos políticos. Schumpeter propõe que os papéis desses dois elementos sejam invertidos. Assim, ele propõe que a decisão de questões pelo eleitorado seja secundária em relação à eleição de seus representantes. Esses representantes tomarão, neste caso, as decisões. Em outras palavras, agora o papel do povo é formar um governo, ou corpo intermediário, que, por seu turno, formará o governo. A definição de democracia que é defendida por Schumpeter passa então a ter o seguinte fraseado: o método democrático é um sistema institucional, para a tomada de decisões políticas, no qual o indivíduo adquire o poder de decidir mediante uma luta competitiva pelos votos do eleitor.
Para defender e explicar este conceito, o autor mostra que o direito universal de voto e a realização de eleições periódicas para seleção de representantes políticos não são os únicos requisitos de um governo democrático. Afinal, se assim fosse, os governos da ex-União Soviética e dos Estados Unidos deveriam ser considerados igualmente democráticos.
Schumpeter analisou algumas condições necessárias para o êxito democrático. Por exemplo, ele discutiu a qualidade dos homens designados pelo sistema democrático para as posições de liderança do país. Ele mostrou que o método democrático pode criar políticos profissionais, que se transformam em administradores e estadistas amadores. Carecendo de conhecimentos necessários para enfrentar suas tarefas, eles podem nomear, “juízes que desconhecem a lei e diplomatas que não sabem falar francês”, desmoralizando o serviço público e desencorajando os melhores elementos que poderiam por ele sentir-se atraídos. Assim, propõe que as pessoas que comporiam eficientemente o governo democrático, tanto no poder executivo quanto no legislativo, devem ser oriundas de um extrato da sociedade naturalmente ligado à política. Estes governantes devem também ter passado por experiências bem sucedidas em negócios privados. A segunda condição para o sucesso da democracia é que o campo real de tomada de decisão política não pode ser muito extenso. Na teoria da democracia proposta por Schumpeter, o alcance do campo de tomada de decisão depende não somente do tipo e da quantidade de questões tratadas pelo governo, mas também do tipo de máquina política e do padrão de opinião pública a ser trabalhado. Executivo e legislativo não podem decidir sobre tudo, eles próprios tem de se impor limites, e algumas decisões que chegam a tomar podem ser de caráter puramente formal e/ou supervisor. Por exemplo, um parlamento agindo sobre as regras do método democrático pode decidir se o país deverá ou não ter código criminal, mas nunca se intrometer em julgamento de tais crimes enquadrados no código, porque essa é uma questão técnica, destinada a ser tratada apenas por parte dos especialistas na área. A terceira condição é a existência de uma máquina burocrática eficiente. Para o bom funcionamento da democracia, esta deve possuir os serviços de uma burocracia bem treinada, com forte sentido de dever, tradição, e livre das oscilações dos governos. O quarto requisito, segundo a concepção Schumpeteriana, é de que a democracia só pode funcionar se houver, por parte dos principais grupos da nação, sua aceitação enquanto método. O autocontrole, citado por Schumpeter, nada mais é do que a aceitação das regras desse método de tomada de decisão, pelos principais grupos da nação, ou seja, a aceitação da classe política. Segundo o economista, a função do eleitor seria somente a de formar e dissolver governos. Estes, por sua vez, governariam. O povo não decide e sim delega poderes, sua vontade é o produto e não o motor do processo político. Quinta condição é a Tolerância com diferenças de opiniões. Assim, qualquer líder em potencial deve poder apresentar sua opinião, a favor ou contra o governo, e sobre assuntos em geral, sem medo de represálias.
Em resumo, a democracia defendida por Schumpeter é um acordo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decisão através de uma luta competitiva pelos votos da população.
Schumpeter(1883 – 1950), economista e cientista político, foi um teórico da democracia nua e crua. Segundo ele, a democracia é um método para tomada de decisões no qual o líder político adquire o poder de decidir mediante a luta competitiva pelo voto do eleitor.
Relembremos que as principais dificuldades da teoria clássica da democracia, conforme apresentadas pelo autor, centralizavam-se na afirmação de que o povo tem uma opinião definida e racional a respeito de todas as questões e que manifesta essa opinião pela escolha de representantes que se encarregam de sua execução. Por conseguinte, a seleção dos representantes é secundária ao principal objetivo do sistema democrático clássico, que consiste em atribuir ao eleitorado o poder de decidir sobre assuntos políticos. Schumpeter propõe que os papéis desses dois elementos sejam invertidos. Assim, ele propõe que a decisão de questões pelo eleitorado seja secundária em relação à eleição de seus representantes. Esses representantes tomarão, neste caso, as decisões. Em outras palavras, agora o papel do povo é formar um governo, ou corpo intermediário, que, por seu turno, formará o governo. A definição de democracia que é defendida por Schumpeter passa então a ter o seguinte fraseado: o método democrático é um sistema institucional, para a tomada de decisões políticas, no qual o indivíduo adquire o poder de decidir mediante uma luta competitiva pelos votos do eleitor.
Para defender e explicar este conceito, o autor mostra que o direito universal de voto e a realização de eleições periódicas para seleção de representantes políticos não são os únicos requisitos de um governo democrático. Afinal, se assim fosse, os governos da ex-União Soviética e dos Estados Unidos deveriam ser considerados igualmente democráticos.
Schumpeter analisou algumas condições necessárias para o êxito democrático. Por exemplo, ele discutiu a qualidade dos homens designados pelo sistema democrático para as posições de liderança do país. Ele mostrou que o método democrático pode criar políticos profissionais, que se transformam em administradores e estadistas amadores. Carecendo de conhecimentos necessários para enfrentar suas tarefas, eles podem nomear, “juízes que desconhecem a lei e diplomatas que não sabem falar francês”, desmoralizando o serviço público e desencorajando os melhores elementos que poderiam por ele sentir-se atraídos. Assim, propõe que as pessoas que comporiam eficientemente o governo democrático, tanto no poder executivo quanto no legislativo, devem ser oriundas de um extrato da sociedade naturalmente ligado à política. Estes governantes devem também ter passado por experiências bem sucedidas em negócios privados. A segunda condição para o sucesso da democracia é que o campo real de tomada de decisão política não pode ser muito extenso. Na teoria da democracia proposta por Schumpeter, o alcance do campo de tomada de decisão depende não somente do tipo e da quantidade de questões tratadas pelo governo, mas também do tipo de máquina política e do padrão de opinião pública a ser trabalhado. Executivo e legislativo não podem decidir sobre tudo, eles próprios tem de se impor limites, e algumas decisões que chegam a tomar podem ser de caráter puramente formal e/ou supervisor. Por exemplo, um parlamento agindo sobre as regras do método democrático pode decidir se o país deverá ou não ter código criminal, mas nunca se intrometer em julgamento de tais crimes enquadrados no código, porque essa é uma questão técnica, destinada a ser tratada apenas por parte dos especialistas na área. A terceira condição é a existência de uma máquina burocrática eficiente. Para o bom funcionamento da democracia, esta deve possuir os serviços de uma burocracia bem treinada, com forte sentido de dever, tradição, e livre das oscilações dos governos. O quarto requisito, segundo a concepção Schumpeteriana, é de que a democracia só pode funcionar se houver, por parte dos principais grupos da nação, sua aceitação enquanto método. O autocontrole, citado por Schumpeter, nada mais é do que a aceitação das regras desse método de tomada de decisão, pelos principais grupos da nação, ou seja, a aceitação da classe política. Segundo o economista, a função do eleitor seria somente a de formar e dissolver governos. Estes, por sua vez, governariam. O povo não decide e sim delega poderes, sua vontade é o produto e não o motor do processo político. Quinta condição é a Tolerância com diferenças de opiniões. Assim, qualquer líder em potencial deve poder apresentar sua opinião, a favor ou contra o governo, e sobre assuntos em geral, sem medo de represálias.
Em resumo, a democracia defendida por Schumpeter é um acordo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decisão através de uma luta competitiva pelos votos da população.
Democracia Clássica segundo Schumpeter
Apresente o conceito de democracia clássica investigado por Schumpeter
A democracia clássica, de acordo como foi descrita por Schumpeter, é um arranjo institucional que visa alcançar o bem comum. Claramente, esta definição ressalta a importância do bem comum como bússola orientadora da ação política. A democracia clássica entende que este bem comum sequer necessita de explicação, pois somente aqueles estúpidos, ignorantes ou mal intencionados não o compreenderiam. Se aceito este ponto de vista, quaisquer atos ou decisões poderiam, de forma inequívoca, ser identificados como bons ou maus.
Segundo a definição de democracia clássica, o povo tem uma vontade comum que reflete o desejo de todas as pessoas sensatas e, portanto, somente interesses escusos gerariam diferenças de opiniões e oposição. Como o bem comum seria conhecido e desejado por todos, a sociedade inteira controlaria os negócios públicos. Ao povo, caberia escolher indivíduos que se reuniriam para tomar as decisões políticas que conduziriam a este bem comum. Apesar da presença de gestores, sua função seria apenas cumprir a vontade do povo e não afetaria o princípio básico da democracia clássica. A assembléia ou parlamento, compostos por estes indivíduos escolhidos, também poderia se dividir em comitês menores para resolver os problemas diários da administração.
Schumpeter ressalta que, se as hipóteses dessa teoria política são aceitas, a democracia clássica alcançaria uma imagem consistente. Esclarece, contudo, que persistiria a dificuldade de fazê-la funcionar.
Schumpeter, a seguir, coloca sob análise a idéia de bem comum. Refuta a possibilidade que o povo aceite ou possa aceitar, por força exclusiva da argumentação racional, uma unanimidade. Note que tal fato não se deve a pessoas desejaram o “não bem comum”, mas que para diferentes grupos o bem comum tem significados diferentes. Entre outros exemplos, o autor mostra que apesar de todos desejarem saúde, não há consenso em temas como vacinação, transfusão de sangue, controle de natalidade, doação de órgãos e outros.
Schumpeter observa que, para cada indivíduo, o bem comum poderá significar uma coisa diferente. A sociedade, dessa forma, segundo o pensamento schumpeteriano, seria composta de indivíduos atomizados impossibilitados de construir uma vontade coletiva. Mesmo que se abandone a idéia de bem comum, ainda não salvaríamos a doutrina clássica. Ao invés de vontade coletiva (volontê gênêrale), aferiríamos, no limite, uma vontade da maioria, por meio de uma escolha feita em uma votação. Mesmo sendo cada um o melhor juiz de seu próprio bem, conforme a filosofia utilitarista, as pessoas não saberiam, de acordo com Schumpeter, determinar o que é melhor para elas, quando estão em jogo questões públicas. Não haveria uma vontade do cidadão; haveria impulsos vagos, equivocados, desinformados. O indivíduo comum possuiria um baixo nível de racionalidade quando pensa sobre a política. Mesmo que possa gerir adequadamente seus negócios particulares, não saberia tratar de assuntos públicos. Com uma seqüência de exemplos, o autor argumenta que os fatos contradizem a doutrina clássica.
Finalmente, Schumpeter se debruça sobre as causas que permitem a sobrevivência da doutrina clássica. Uma primeira causa que ele expõe foi a construção de uma forte ligação entre a doutrina clássica e a fé. Sua parceria com os aspectos básicos da fé protestante cristã fez da doutrina clássica seu complemento político. Outra justificativa é a associação da democracia clássica a fatos históricos entusiasticamente aprovados por grande maioria. Ele cita como exemplo o processo de independência dos Estados Unidos. Uma última causa, que também deve ser reconhecida, é que em certas situações sociais a doutrina clássica se ajusta aos fatos com grande aproximação. Como é o caso em sociedades que não sejam excessivamente diferenciadas e não enfrentem problemas sérios. O autor cita a Suíça como exemplo.
Para Schumpeter, a doutrina clássica é resumida da seguinte forma: a democracia é o método para promover o bem comum através da tomada de decisões pelo próprio povo, com a intermediação de seus representantes.
A democracia clássica, de acordo como foi descrita por Schumpeter, é um arranjo institucional que visa alcançar o bem comum. Claramente, esta definição ressalta a importância do bem comum como bússola orientadora da ação política. A democracia clássica entende que este bem comum sequer necessita de explicação, pois somente aqueles estúpidos, ignorantes ou mal intencionados não o compreenderiam. Se aceito este ponto de vista, quaisquer atos ou decisões poderiam, de forma inequívoca, ser identificados como bons ou maus.
Segundo a definição de democracia clássica, o povo tem uma vontade comum que reflete o desejo de todas as pessoas sensatas e, portanto, somente interesses escusos gerariam diferenças de opiniões e oposição. Como o bem comum seria conhecido e desejado por todos, a sociedade inteira controlaria os negócios públicos. Ao povo, caberia escolher indivíduos que se reuniriam para tomar as decisões políticas que conduziriam a este bem comum. Apesar da presença de gestores, sua função seria apenas cumprir a vontade do povo e não afetaria o princípio básico da democracia clássica. A assembléia ou parlamento, compostos por estes indivíduos escolhidos, também poderia se dividir em comitês menores para resolver os problemas diários da administração.
Schumpeter ressalta que, se as hipóteses dessa teoria política são aceitas, a democracia clássica alcançaria uma imagem consistente. Esclarece, contudo, que persistiria a dificuldade de fazê-la funcionar.
Schumpeter, a seguir, coloca sob análise a idéia de bem comum. Refuta a possibilidade que o povo aceite ou possa aceitar, por força exclusiva da argumentação racional, uma unanimidade. Note que tal fato não se deve a pessoas desejaram o “não bem comum”, mas que para diferentes grupos o bem comum tem significados diferentes. Entre outros exemplos, o autor mostra que apesar de todos desejarem saúde, não há consenso em temas como vacinação, transfusão de sangue, controle de natalidade, doação de órgãos e outros.
Schumpeter observa que, para cada indivíduo, o bem comum poderá significar uma coisa diferente. A sociedade, dessa forma, segundo o pensamento schumpeteriano, seria composta de indivíduos atomizados impossibilitados de construir uma vontade coletiva. Mesmo que se abandone a idéia de bem comum, ainda não salvaríamos a doutrina clássica. Ao invés de vontade coletiva (volontê gênêrale), aferiríamos, no limite, uma vontade da maioria, por meio de uma escolha feita em uma votação. Mesmo sendo cada um o melhor juiz de seu próprio bem, conforme a filosofia utilitarista, as pessoas não saberiam, de acordo com Schumpeter, determinar o que é melhor para elas, quando estão em jogo questões públicas. Não haveria uma vontade do cidadão; haveria impulsos vagos, equivocados, desinformados. O indivíduo comum possuiria um baixo nível de racionalidade quando pensa sobre a política. Mesmo que possa gerir adequadamente seus negócios particulares, não saberia tratar de assuntos públicos. Com uma seqüência de exemplos, o autor argumenta que os fatos contradizem a doutrina clássica.
Finalmente, Schumpeter se debruça sobre as causas que permitem a sobrevivência da doutrina clássica. Uma primeira causa que ele expõe foi a construção de uma forte ligação entre a doutrina clássica e a fé. Sua parceria com os aspectos básicos da fé protestante cristã fez da doutrina clássica seu complemento político. Outra justificativa é a associação da democracia clássica a fatos históricos entusiasticamente aprovados por grande maioria. Ele cita como exemplo o processo de independência dos Estados Unidos. Uma última causa, que também deve ser reconhecida, é que em certas situações sociais a doutrina clássica se ajusta aos fatos com grande aproximação. Como é o caso em sociedades que não sejam excessivamente diferenciadas e não enfrentem problemas sérios. O autor cita a Suíça como exemplo.
Para Schumpeter, a doutrina clássica é resumida da seguinte forma: a democracia é o método para promover o bem comum através da tomada de decisões pelo próprio povo, com a intermediação de seus representantes.
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Ciências Políticas
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O legado de P. Drucker
O legado de Peter Drucker
Peter Drucker, o pai da administração moderna, podia mudar o modo com que os líderes corporativos mais poderosos dos Estados Unidos administravam os negócios. Drucker trouxe à tona princípios de gerenciamento tais como a inovação, o empreendedorismo e estratégias dinâmicas que refletem as mudanças aceleradas do mercado.
Na década de 50, revolucionou os modelos de gestão vigentes afirmando que são as pessoas o recurso mais valioso de uma organização. Priorizou o marketing e a inovação sobre as dimensões financeiras. Previu a chegada do que chamou de "a era do profissional do conhecimento".
Considerava que os seres humanos deveriam ser o principal foco da administração. Os trabalhadores de conhecimento podem, em tempos favoráveis, mudar facilmente de emprego. A maioria dos executivos ainda precisa aprender que a única maneira de uma empresa competir num mundo em que todos têm acesso aos mesmos recursos, inclusive tecnologia e informação, é fazer indivíduos, que são pessoas comuns, produzirem resultados extraordinários.
O conflito de interesses entre a pressão pela dedicação total ao trabalho e satisfação pessoal revela para Drucker má administração. Segundo Drucker, uma empresa bem administrada é certamente atarefada, mas é um lugar relaxado. A correria significa que as coisas realmente importantes não estão sendo feitas. Uma organização que exija que seu pessoal se torne "workaholic", verá seus resultados ruírem.
Drucker, à frente de seu tempo, destacava o papel social e holístico da Administração, por lidar com pessoas, seus valores, seu crescimento e desenvolvimento, estrutura social, a comunidade e até com preocupações espirituais.
Apesar de não haver determinado um conjunto de características capaz de descrever o líder ideal, considerava que o que distingue o bom e o mau líder são suas metas. Ressaltou a importância do líder: inspirar confiança e possuir integridade em suas ações. A liderança estratégica deve criar uma visão positiva do futuro, ser contagiante e envolvente, para que todos se sintam mobilizados para fazer parte da comunidade que construirá a nova realidade. A visão deve inspirar a ação.
Dedicou atenção ao terceiro setor, destacou a dificuldade recorrente nas ONGs em construírem indicadores e avaliarem resultados, na falta do lucro financeiro como medida de avaliação. Considerava essas instituições como agentes de mudanças humanas. Portanto seus resultados são mudanças em pessoas - de comportamento, condições, visão, saúde, esperanças e, acima de tudo, de sua competência e sua capacidade.
Vejamos algumas de suas mais famosas citações:
"A missão é algo que transcende o dia de hoje, mas orienta e informa hoje". Deve ser simples e clara, para que todos a compreendam e se comprometam com ela. Seu cumprimento requer senso de oportunidade, competência e compromisso.
"Na Era do Conhecimento o sucesso sorri para os que sabem administrar seus pontos fortes e fracos."
"A maioria das pessoas concentra-se em melhorar nas áreas em que tem baixa competência, o que é um equívoco."
"A energia, os recursos e o tempo devem ser dirigidos para transformar uma pessoa competente em um astro em desempenho."
"Carreiras de sucesso não são ‘planejadas’. Ocorrem porque há pessoas preparadas para aproveitar as oportunidades."
"As organizações precisam ter valores e as pessoas também. Para que uma pessoa seja eficaz numa organização, os valores de ambas devem ser compatíveis."
Assim, "A pergunta não é: "Com o que eu quero contribuir?" Também não é: "Com o que me dizem para contribuir?" Ela é: "Com o que eu devo contribuir"? Esta é uma pergunta nova na história da humanidade."
Drucker preocupou-se também com a preparação para a segunda metade da vida, dizendo que o autogerenciamento exige planejamento para a segunda metade da vida, porque, se os trabalhadores manuais que trabalharam por 40 anos ficam "acabados", os trabalhadores do conhecimento podem - e querem - enfrentar outros 15 anos de atividade.
Perceber no aumento da expectativa de vida ativa uma oportunidade para si e para a sociedade é a fibra que tecerá histórias de sucesso na “Era do Conhecimento".
Há três maneiras de preparo para essa segunda fase da vida, segundo Peter Drucker:
Drucker identificou a "sociedade do conhecimento" como a base do negócio moderno e fez afirmações bombásticas como:
“As corporações, como nós conhecemos hoje e que têm agora 120 anos, não devem sobreviver aos próximos 25 anos. Legalmente e financeiramente sim, mas não estruturalmente e economicamente. A incessante busca do conhecimento e de aprimoramento educacional, dos tempos atuais afetará a estrutura das corporações.”
"A maioria das camadas gerenciais que compõem a estrutura das organizações é de simples retransmissoras de informação que enriquecem pouco o processo. No futuro serão necessárias poucas camadas e para as retransmissoras será necessário muito conhecimento e habilidade. A má notícia é que o conhecimento fica obsoleto muito rápido."
Já em 1954, Drucker registrava em um de seus livros: “The Practice of Management” as tarefas básicas da empresa: a inovação e a satisfação do cliente, isto é, a criação de valor e de riqueza. Para estabelecer regras de inovação, é necessário liderança em mudanças, não apenas inovação em si. Há alguns anos, todas as empresas queriam ser inovadoras, mas se não forem "empresas líderes em mudanças", não conseguirão, pois inovação consegue-se com trabalho duro e busca sistemática, sendo impossível predizer o resultado.
A revolução da informação não se trata de uma revolução tecnológica, de maquinaria, de técnicas, de software ou de velocidade, mas de conceitos!
Os impactos revolucionários percebidos até hoje têm ocorrido somente nas operações. No entanto, o computador e as tecnologias de informação ainda não promoveram qualquer impacto na área de decisões.
A alta gerência não usa as novas tecnologias, porque não lhes dão as informações necessárias. As informações disponíveis continuam a ser baseadas no fato de que custos mais baixos diferenciam as empresas e determinam a sua competitividade. Porém, a preservação do patrimônio e o controle dos custos não são tarefas da alta gerência. São operacionais.
Uma grande desvantagem de custo pode destruir um negócio. Mas o sucesso depende de algo diferente: a criação de riqueza e valor, o que exige decisões que implicam riscos: na estratégia delineada, no abandono do que está obsoleto, na crença na inovação, no equilíbrio entre o curto e o longo prazo, ou no balanceamento entre a rentabilidade imediata e a fatia de mercado. Estas decisões são as verdadeiras tarefas da alta gerência.
A mais importante tarefa a ser desempenhada por um sistema de informações relevante para a alta gerência será a obter e organizar informações externas à empresa. No interior das empresas existem apenas custos. Os resultados estão no lado de fora. Sobre o exterior (clientes, competidores, mercados, tecnologias) há poucas informações.
Poucos estão atentos à variação do montante de gastos dos clientes em produtos e serviços em cada indústria.
Projetar o futuro é essencial, pois o valor econômico de uma empresa está no seu futuro. Isto significa planejar. No livro “Administrando em tempos de grandes mudanças”, Drucker desloca as bases tradicionais de raciocínio dos executivos. Perguntas como: o que é mais provável que aconteça? Dão lugar outra: o que já aconteceu que criará o futuro?
Planejar para a incerteza exige uma leitura crítica do passado e do presente, para entender a partir de quais fatos já consumados (ou a caminho da consumação) se pode identificar forças e fraquezas e criar oportunidades. São os fatos portadores de futuro.
Quanto à Internet, considerava que seu impacto mais importante é psicológico e não econômico. Ela partilha informações e valores sociais e econômicos. Uma implicação disso é que as marcas se tornarão mais importantes e difíceis de manter.
Drucker buscou, identificou e examinou as questões mais importantes que confrontam os gerentes, desde estratégia corporativa até o estilo gerencial e as mudanças sociais.
A empresa eficaz, observa Peter Drucker, focaliza oportunidades em vez de problemas. Como esse foco é atingido para fazer a organização prosperar e crescer. Os desafios administrativos que o futuro nos reserva é o que importa, pois questões como estratégia competitiva, liderança, criatividade, trabalho em equipe, se tornaram questões do passado.
"O conhecimento é o único recurso econômico que faz sentido". Na "Era do Conhecimento", as empresas mais bem sucedidas serão aquelas capazes de aprender mais rápido que seus concorrentes. Para isso, é fundamental que elas se comuniquem, mais e melhor - interna e externamente - utilizando-se de linguagem objetiva, correta e concisa.
E todo esse conhecimento que nos deixa como legado, não tem preço. extraído de
Vejamos algumas de suas mais famosas citações:
"A maioria das pessoas concentra-se em melhorar nas áreas em que tem baixa competência, o que é um equívoco."
"A energia, os recursos e o tempo devem ser dirigidos para transformar uma pessoa competente em um astro em desempenho."
"Carreiras de sucesso não são ‘planejadas’. Ocorrem porque há pessoas preparadas para aproveitar as oportunidades."
"As organizações precisam ter valores e as pessoas também. Para que uma pessoa seja eficaz numa organização, os valores de ambas devem ser compatíveis."
- Iniciar uma nova carreira ao aposentar-se, diferente da primeira;
- Desenvolver uma carreira paralela ainda na vida ativa;
- Ser um empreendedor em busca de novos desafios.
“As corporações, como nós conhecemos hoje e que têm agora 120 anos, não devem sobreviver aos próximos 25 anos. Legalmente e financeiramente sim, mas não estruturalmente e economicamente. A incessante busca do conhecimento e de aprimoramento educacional, dos tempos atuais afetará a estrutura das corporações.”
acessado em 2 dez. 2009
Gestão da Qualidade Total
Atividade
1) Reflita sobre o que significa “japonesar” as classes trabalhadoras e a produção massificada de subjetividades.
2) Pesquise, em empresas e na Prefeitura Municipal da cidade em que você reside, se existe terceirização e indague dos diretores as vantagens de terceirizar mão-de-obra, arrolando as justificativas.
3) Pesquise sobre Gestão da Qualidade Total (TQM, do inglês Total Quality Management), princípios e evolução histórica.
1) A aplicação do Sistema Toyota de Produção é facilitada por diversas características da cultura japonesa, por exemplo:
• O combate ao desperdício é um hábito dos habitantes do Japão em função da escassez de recursos naturais;
• O trabalho em grupo encontra-se enraizado sem seus valores desde tempos imemoriais.
• Valores, tais como, benevolência, adequação, sabedoria e obediência são princípios básicos do confucionismo.
• Prevalência do coletivo sobre o individual; as ações e comportamento são julgados pelo que podem representar ao grupo.
• Consenso no processo decisório: as decisões se baseiam mais no consenso do que na autoridade gerencial.
Assim sendo, japonesar as classes trabalhadoras corresponde a incutir nos operários ocidentais os valores acima. Especificamente, japonesar é a padronizar o comportamento do operário e a valorizar do coletivo em detrimento dos interesses individuais.
No Japão, desde a antiguidade, existem relações de interdependência entre as famílias. Tal fato decorre, dentre outros, da escassez de recursos naturais, dos processos de plantio e colheita. Uma só família não era capaz de efetuar as tarefas e garantir sua subsistência. Por isso, elas eram forçadas a se associar e compartilhar tarefas e recursos para sobreviverem. Deste modo, a massificação das subjetividades corresponde a homogeneizar os indivíduos da mesma forma que ocorreu historicamente com a população trabalhadora japonesa.
2) A realização de atividades organizacionais por pessoas jurídicas distintas da organização é, usualmente, definida como terceirização. Em outras palavras, transferir a terceiros a execução de tarefas cuja relação custo/benefício não seja vantajosa. O motivo para esta transferência pode ser financeiro, de qualidade ou mesmo de especialidade.
A terceirização de serviços nas organizações tornou-se uma tendência mundial que atinge igualmente as empresas privadas e as administrações públicas. Terceiriza-se segurança, limpeza, transporte de funcionários, logística, a escrituração contábil e fiscal, o departamento de pessoal, a auditoria interna, a guarda dos documentos, etc. O objetivo é que qualquer serviço que não esteja diretamente ligado à atividade principal da empresa seja repassado a terceiros.
A terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da organização, definidas como "atividade-meio", ou seja, aquelas em que não há participação direta dos empregados terceirizados na formação do produto ou serviço final. Como exemplos: terceirização da segurança (em empresas cujo objeto social não seja serviços de segurança), contabilidade (exceto para organizações contábeis) e limpeza.
Para identificar as áreas que podem ser terceirizadas deve-se analisar criteriosamente o contrato social das empresas e definir claramente sua atividade-fim. É ilegal a terceirização ligada diretamente ao produto ou serviço final, ou seja, a atividade-fim. Excetuando-se a atividade-fim, todas as demais podem ser legalmente terceirizadas. A atividade-fim é aquela constante no contrato social da empresa pela qual foi organizada. As demais funções que nada têm em comum com a atividade-fim são caracterizadas como acessórias, ou de suporte à atividade principal, e podem ser terceirizadas.
No caso da administração pública, a definição de qual é sua atividade principal é bastante mais difícil e, conseqüentemente, são comuns as ações nos tribunais. Como exemplo podemos indicar duas batalhas jurídicas entre a Prefeitura de São José dos Campos e os sindicatos. A primeira é a terceirização do Hospital Municipal e a segunda é terceirização do Parque Tecnológico de São José dos Campos.
Este tipo de modalidade de contratação de serviços é vantajoso, pois permite:
• Reduzir os custos associados a encargos sociais, salários, treinamento de equipes de manutenção.
• Liberar espaço físico dentro da organização.
• Evitar a aquisição de equipamentos, etc.
Por outro lado, a terceirização traz alguns riscos para a organização. Por exemplo:
• A rotatividade de funcionários. Empregados cujas funções são terceirizadas podem perder os empregos enquanto outros são criados na empresa terceirizada.
• Problemas com a justiça trabalhista. Os sindicatos e as empresas acabam se enfrentando na Justiça do Trabalho devido à existência de “buracos” nas leis, principalmente no que tange a atividade-fim de uma organização e vínculo empregatício dos funcionários.
• Disponibilidade de empresas prestadoras de serviço (terceirizadas) que tenham o mesmo padrão de qualidade que a organização que as contrata.
3) Total Quality Management (TQM) é, normalmente, compreendida a partir dos olhos de alguns gurus. Garvin, um destes gurus, fez uma análise da evolução do controle de qualidade através de eras que apresento a seguir.
Era da Inspeção: Apesar de, já no início do século XX, G.S. Radford ter introduzido, em seu livro “The Control of Quality in Manufacturing”, o inspetor de qualidade, ainda não havia uma análise crítica das causas dos defeitos.
Era do Controle Estatístico da Qualidade: Com a 2ª guerra mundial, houve a necessidade de combate à ineficiência e a impraticabilidade da inspeção da produção em massa de armamentos e munições. Surgiu, assim, a inspeção por amostragem.
Era da Garantia da Qualidade: Entre 1950 e 1960, nos Estados Unidos, em plena força da Escola dos Recursos Humanos, novos conceitos, habilidades e técnicas gerenciais são introduzidos. Salientam-se quatro movimentos: Quantificação dos custos da qualidade; Controle total da qualidade (iniciado nos EUA e desenvolvido no Japão); Técnicas de confiabilidade e Programa zero-defeitos. Em 1956, Feigenbaum definiu TQC (total quality control = controle total da qualidade). Seu trabalho iniciou o processo de padronização da qualidade a nível mundial.
Era da Gestão da Qualidade Total: Esta era tem início com a invasão de produtos japoneses no mercado americano nos anos 1980. A normatização da qualidade total é controlada pela International Organization for Standartization (ISO) que foi fundada em 1987 e tem sede em Genebra.
TQM é um conjunto de práticas administrativas que se originaram no Japão na década de 1950. Desde os anos 1980, TQM vem se popularizando no ocidente. Estas práticas envolvem a organização como um todo e visam garantir que os produtos e/ou serviços satisfaçam ou superem as expectativas dos consumidores. TQM apóia-se pesadamente sobre os processos de mensuração e controle como forma de alcançar resultados.
Como forma de cultura empresarial, TQM exige qualidade em todos os aspectos e operações da organização. As coisas devem ser feitas corretamente da primeira vez e os defeitos e desperdícios erradicados das operações. Este aspecto cultural constitui o maior obstáculo à implementação da TQM no ocidente. TQM é orientada à satisfação do consumidor, que é considerada a mais alta prioridade da empresa. Uma empresa que é gerida segundo os princípios de TQM é sensível às exigências do consumidor e responde rapidamente a todas elas. TQM não se preocupa somente com o consumidor final. É importante notar que a qualidade total deve permear toda a empresa, sendo que um departamento da companhia é considerado como consumidor (interno) para certas funções e fornecedor para outras. Por exemplo, o departamento de engenharia é fornecedor (interno) para o departamento de manutenção e, por sua vez, é consumidor (interno) do departamento de compras.
TQM entende que um produto de qualidade é o resultado de um processo de qualidade. Assim, deve-se buscar uma melhora continua nos processos da companhia. Isto implica que todas as atividades devem ser monitoradas como forma de busca por oportunidades de melhora.
Bibliografia
http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0210.pdf, visitado em 21-09-2009.
1) Reflita sobre o que significa “japonesar” as classes trabalhadoras e a produção massificada de subjetividades.
2) Pesquise, em empresas e na Prefeitura Municipal da cidade em que você reside, se existe terceirização e indague dos diretores as vantagens de terceirizar mão-de-obra, arrolando as justificativas.
3) Pesquise sobre Gestão da Qualidade Total (TQM, do inglês Total Quality Management), princípios e evolução histórica.
1) A aplicação do Sistema Toyota de Produção é facilitada por diversas características da cultura japonesa, por exemplo:
• O combate ao desperdício é um hábito dos habitantes do Japão em função da escassez de recursos naturais;
• O trabalho em grupo encontra-se enraizado sem seus valores desde tempos imemoriais.
• Valores, tais como, benevolência, adequação, sabedoria e obediência são princípios básicos do confucionismo.
• Prevalência do coletivo sobre o individual; as ações e comportamento são julgados pelo que podem representar ao grupo.
• Consenso no processo decisório: as decisões se baseiam mais no consenso do que na autoridade gerencial.
Assim sendo, japonesar as classes trabalhadoras corresponde a incutir nos operários ocidentais os valores acima. Especificamente, japonesar é a padronizar o comportamento do operário e a valorizar do coletivo em detrimento dos interesses individuais.
No Japão, desde a antiguidade, existem relações de interdependência entre as famílias. Tal fato decorre, dentre outros, da escassez de recursos naturais, dos processos de plantio e colheita. Uma só família não era capaz de efetuar as tarefas e garantir sua subsistência. Por isso, elas eram forçadas a se associar e compartilhar tarefas e recursos para sobreviverem. Deste modo, a massificação das subjetividades corresponde a homogeneizar os indivíduos da mesma forma que ocorreu historicamente com a população trabalhadora japonesa.
2) A realização de atividades organizacionais por pessoas jurídicas distintas da organização é, usualmente, definida como terceirização. Em outras palavras, transferir a terceiros a execução de tarefas cuja relação custo/benefício não seja vantajosa. O motivo para esta transferência pode ser financeiro, de qualidade ou mesmo de especialidade.
A terceirização de serviços nas organizações tornou-se uma tendência mundial que atinge igualmente as empresas privadas e as administrações públicas. Terceiriza-se segurança, limpeza, transporte de funcionários, logística, a escrituração contábil e fiscal, o departamento de pessoal, a auditoria interna, a guarda dos documentos, etc. O objetivo é que qualquer serviço que não esteja diretamente ligado à atividade principal da empresa seja repassado a terceiros.
A terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da organização, definidas como "atividade-meio", ou seja, aquelas em que não há participação direta dos empregados terceirizados na formação do produto ou serviço final. Como exemplos: terceirização da segurança (em empresas cujo objeto social não seja serviços de segurança), contabilidade (exceto para organizações contábeis) e limpeza.
Para identificar as áreas que podem ser terceirizadas deve-se analisar criteriosamente o contrato social das empresas e definir claramente sua atividade-fim. É ilegal a terceirização ligada diretamente ao produto ou serviço final, ou seja, a atividade-fim. Excetuando-se a atividade-fim, todas as demais podem ser legalmente terceirizadas. A atividade-fim é aquela constante no contrato social da empresa pela qual foi organizada. As demais funções que nada têm em comum com a atividade-fim são caracterizadas como acessórias, ou de suporte à atividade principal, e podem ser terceirizadas.
No caso da administração pública, a definição de qual é sua atividade principal é bastante mais difícil e, conseqüentemente, são comuns as ações nos tribunais. Como exemplo podemos indicar duas batalhas jurídicas entre a Prefeitura de São José dos Campos e os sindicatos. A primeira é a terceirização do Hospital Municipal e a segunda é terceirização do Parque Tecnológico de São José dos Campos.
Este tipo de modalidade de contratação de serviços é vantajoso, pois permite:
• Reduzir os custos associados a encargos sociais, salários, treinamento de equipes de manutenção.
• Liberar espaço físico dentro da organização.
• Evitar a aquisição de equipamentos, etc.
Por outro lado, a terceirização traz alguns riscos para a organização. Por exemplo:
• A rotatividade de funcionários. Empregados cujas funções são terceirizadas podem perder os empregos enquanto outros são criados na empresa terceirizada.
• Problemas com a justiça trabalhista. Os sindicatos e as empresas acabam se enfrentando na Justiça do Trabalho devido à existência de “buracos” nas leis, principalmente no que tange a atividade-fim de uma organização e vínculo empregatício dos funcionários.
• Disponibilidade de empresas prestadoras de serviço (terceirizadas) que tenham o mesmo padrão de qualidade que a organização que as contrata.
3) Total Quality Management (TQM) é, normalmente, compreendida a partir dos olhos de alguns gurus. Garvin, um destes gurus, fez uma análise da evolução do controle de qualidade através de eras que apresento a seguir.
Era da Inspeção: Apesar de, já no início do século XX, G.S. Radford ter introduzido, em seu livro “The Control of Quality in Manufacturing”, o inspetor de qualidade, ainda não havia uma análise crítica das causas dos defeitos.
Era do Controle Estatístico da Qualidade: Com a 2ª guerra mundial, houve a necessidade de combate à ineficiência e a impraticabilidade da inspeção da produção em massa de armamentos e munições. Surgiu, assim, a inspeção por amostragem.
Era da Garantia da Qualidade: Entre 1950 e 1960, nos Estados Unidos, em plena força da Escola dos Recursos Humanos, novos conceitos, habilidades e técnicas gerenciais são introduzidos. Salientam-se quatro movimentos: Quantificação dos custos da qualidade; Controle total da qualidade (iniciado nos EUA e desenvolvido no Japão); Técnicas de confiabilidade e Programa zero-defeitos. Em 1956, Feigenbaum definiu TQC (total quality control = controle total da qualidade). Seu trabalho iniciou o processo de padronização da qualidade a nível mundial.
Era da Gestão da Qualidade Total: Esta era tem início com a invasão de produtos japoneses no mercado americano nos anos 1980. A normatização da qualidade total é controlada pela International Organization for Standartization (ISO) que foi fundada em 1987 e tem sede em Genebra.
TQM é um conjunto de práticas administrativas que se originaram no Japão na década de 1950. Desde os anos 1980, TQM vem se popularizando no ocidente. Estas práticas envolvem a organização como um todo e visam garantir que os produtos e/ou serviços satisfaçam ou superem as expectativas dos consumidores. TQM apóia-se pesadamente sobre os processos de mensuração e controle como forma de alcançar resultados.
Como forma de cultura empresarial, TQM exige qualidade em todos os aspectos e operações da organização. As coisas devem ser feitas corretamente da primeira vez e os defeitos e desperdícios erradicados das operações. Este aspecto cultural constitui o maior obstáculo à implementação da TQM no ocidente. TQM é orientada à satisfação do consumidor, que é considerada a mais alta prioridade da empresa. Uma empresa que é gerida segundo os princípios de TQM é sensível às exigências do consumidor e responde rapidamente a todas elas. TQM não se preocupa somente com o consumidor final. É importante notar que a qualidade total deve permear toda a empresa, sendo que um departamento da companhia é considerado como consumidor (interno) para certas funções e fornecedor para outras. Por exemplo, o departamento de engenharia é fornecedor (interno) para o departamento de manutenção e, por sua vez, é consumidor (interno) do departamento de compras.
TQM entende que um produto de qualidade é o resultado de um processo de qualidade. Assim, deve-se buscar uma melhora continua nos processos da companhia. Isto implica que todas as atividades devem ser monitoradas como forma de busca por oportunidades de melhora.
Bibliografia
http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0210.pdf, visitado em 21-09-2009.
Administração por Objetivos
Atividade
Para reflexão
É possível, sem haver um “Projeto de Brasil”, implementar um “Projeto de Universidade Pública”? A Prefeitura do município onde você reside realiza Planejamento Estratégico ou os acontecimentos se dão a esmo?
Segundo a Administração por Objetivos (APO), desenvolvida por Peter F. Drucker, o plano estratégico (projeto) deve:
• Envolver o conjunto da organização.
• Buscar objetivos organizacionais.
• Orientar-se para longo prazo.
• Ser decidido pela alta cúpula.
Ao refletirmos sobre a primeira pergunta, é lógico que o Brasil desempenhe o papel de organização e, consequentemente, que a Universidade Pública corresponda apenas a um de seus departamentos. Desta forma, seguindo as premissas da APO, o “Projeto de Brasil” deve conter os objetivos globais e cada um de seus departamentos deve contribuir para que os objetivos propostos sejam atingidos. A Universidade, como um dos departamentos, tem sua responsabilidade setorial. Sua atuação desenvolve-se a nível tático. Seus recursos devem ser colocados à disposição da organização e de seus objetivos.
Por exemplo, se um dos objetivos do “Projeto de Brasil” for eliminar o analfabetismo em 5 anos. A Universidade poderia disponibilizar seus professores (especialistas em educação) para desenvolver técnicas de ensino, contribuir com a formação de tutores para atuar nesta área, etc.
Concluímos que o “Projeto de Universidade” deve necessariamente ser subordinado ao “Projeto de Brasil”.
Com relação ao segundo questionamento, acessei no dia 19/09/2009 o site: http://www.sjc.sp.gov.br/spu/downloads/Caderno_Tecnico.pdf . Constatei que a cidade de São José dos Campos tem um plano estratégico de desenvolvimento chamado Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado. Ele tem uma vigência de 10 anos, tendo substituído o plano anterior que foi válido de 1995 até 2005. A proposta do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – 2006 encontra-se estruturada em sete temas, sendo eles: Princípios e Objetivos Gerais, Organização Territorial, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano-Ambiental e Monitoramento e Controle do Plano Diretor. O capítulo dos Princípios e Objetivos Gerais estabelece a Cidade como um direito de todos, e busca reforçar os aspectos da função social da propriedade, da participação da população na construção da Cidade, da priorização do bem estar coletivo e da proteção do ambiente natural, permitindo a extensão da qualidade de vida para todos e o equilíbrio entre natureza, a vida em comunidade e o trabalho.
Concluo que a Prefeitura do município onde resido realiza Planejamento Estratégico e procura estar preparada para enfrentar o futuro apoiada neste plano.
Para reflexão
É possível, sem haver um “Projeto de Brasil”, implementar um “Projeto de Universidade Pública”? A Prefeitura do município onde você reside realiza Planejamento Estratégico ou os acontecimentos se dão a esmo?
Segundo a Administração por Objetivos (APO), desenvolvida por Peter F. Drucker, o plano estratégico (projeto) deve:
• Envolver o conjunto da organização.
• Buscar objetivos organizacionais.
• Orientar-se para longo prazo.
• Ser decidido pela alta cúpula.
Ao refletirmos sobre a primeira pergunta, é lógico que o Brasil desempenhe o papel de organização e, consequentemente, que a Universidade Pública corresponda apenas a um de seus departamentos. Desta forma, seguindo as premissas da APO, o “Projeto de Brasil” deve conter os objetivos globais e cada um de seus departamentos deve contribuir para que os objetivos propostos sejam atingidos. A Universidade, como um dos departamentos, tem sua responsabilidade setorial. Sua atuação desenvolve-se a nível tático. Seus recursos devem ser colocados à disposição da organização e de seus objetivos.
Por exemplo, se um dos objetivos do “Projeto de Brasil” for eliminar o analfabetismo em 5 anos. A Universidade poderia disponibilizar seus professores (especialistas em educação) para desenvolver técnicas de ensino, contribuir com a formação de tutores para atuar nesta área, etc.
Concluímos que o “Projeto de Universidade” deve necessariamente ser subordinado ao “Projeto de Brasil”.
Com relação ao segundo questionamento, acessei no dia 19/09/2009 o site: http://www.sjc.sp.gov.br/spu/downloads/Caderno_Tecnico.pdf . Constatei que a cidade de São José dos Campos tem um plano estratégico de desenvolvimento chamado Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado. Ele tem uma vigência de 10 anos, tendo substituído o plano anterior que foi válido de 1995 até 2005. A proposta do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – 2006 encontra-se estruturada em sete temas, sendo eles: Princípios e Objetivos Gerais, Organização Territorial, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano-Ambiental e Monitoramento e Controle do Plano Diretor. O capítulo dos Princípios e Objetivos Gerais estabelece a Cidade como um direito de todos, e busca reforçar os aspectos da função social da propriedade, da participação da população na construção da Cidade, da priorização do bem estar coletivo e da proteção do ambiente natural, permitindo a extensão da qualidade de vida para todos e o equilíbrio entre natureza, a vida em comunidade e o trabalho.
Concluo que a Prefeitura do município onde resido realiza Planejamento Estratégico e procura estar preparada para enfrentar o futuro apoiada neste plano.
São José do ponto de vista da Teoria Geral dos Sistemas
Atividade
Estudar o funcionamento do município onde você reside, empregando a Teoria Geral de Sistemas. Analise os insumos ou inputs (tipos de impostos, valores, quantidade e qualidade dos recursos humanos, objetivos das administrações, etc.). Analise também as saídas ou outputs (discriminação de serviços prestados pela municipalidade, satisfação dos munícipes etc.). Além disso, analise o processamento ou through-puts, como as decisões são tomadas, quais as pressões a que os administradores estão submetidos, qual é o tamanho da máquina administrativa em relação à entrada de recursos e em relação aos serviços prestados, como a liderança impacta a estrutura, modificando-a ou não.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Com população de 610.965 habitantes, nono maior Produto Interno Bruto do Brasil e o terceiro do Estado de São Paulo, São José dos Campos é um dos centros industriais e de serviços mais importantes do Estado. O poder executivo municipal é comandado pelo prefeito e dividido em secretarias, tais como Secretaria de Governo, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação entre outras.
Em São José dos Campos, 96% dos domicílios são atendidos pelas redes de abastecimento de água e 89% têm coleta de esgotos. São tratados 45% do esgoto e 97% da água da cidade. A cidade conta com coleta seletiva de lixo reciclável. O município dispõe de 18 hospitais, 15 prontos-socorros, 33 Unidades Básicas de Saúde e nove Unidades Especializadas.
Apesar de possuir um grande parque tecnológico e industrial, São José dos Campos preserva áreas verdes que garantem a qualidade de vida e o lazer da população. Aproximadamente 62% do território do Município é Área de Preservação Ambiental!
SISTEMA ABERTO
O Município de São José dos Campos, se investigado pela Teoria Geral de Sistemas, deve ser considerado como um sistema aberto. Listamos e explicamos, a seguir, as nove características comuns aos sistemas abertos:
1ª. Importação de energia do meio ambiente (INPUT): know-how, insumos, matéria-prima, energia, mão-de-obra, tecnologia etc.
2ª. Transformação (THROUGH-PUT): Diz respeito ao processamento, característica que define o sistema. É o setor de produção do sistema.
3ª. Saída (OUTPUT): Diz respeito ao que o sistema realiza, operando sobre o meio ou outros sistemas.
4ª. Ciclos de eventos: O produto exportado para o meio renova as fontes de energia, reforçando o ciclo.
5ª. Entropia Negativa: Detém o processo de desorganização e morte. Os sistemas físicos e biológicos morrem inevitavelmente, por terem baixa plasticidade e baixa capacidade adaptativa. Já os sistemas sociais, que podem ter partes regeneradas ou recolocadas, podem viver indefinidamente.
6º. Retro-informação: demonstração, por sinais, de que algo não vai bem no sistema, o que permite corrigir desvios.
7ª. Tendência ao Estado Firme e Homeostase Dinâmica (homeos = igual, semelhante; statis = parada): Não é estado imóvel, fixo, mas tendência a conservar constantes as condições de vida no ambiente interno e a auto-conservar-se. Alguns teóricos falam em tendência a um “estado quase estacionário”. Sempre que uma parte sai do equilíbrio, algum mecanismo precisa ser acionado para manter certa estabilidade interna.
8ª. Diferenciação, especialização, maior elaboração: Exemplo: No Brasil, na “Velha República” (1889-1930), havia poucos ministérios na estrutura burocrática da união federal. Saúde e Educação, por exemplo, que hoje são os maiores em número de funcionários e tamanho da máquina, formavam um único ministério.
9ª. Eqüifinalidade: Princípio, segundo o qual um sistema pode alcançar o estado final por uma variedade de caminhos e diferentes condições iniciais. Nos sistemas fechados, físicos, condições iniciais idênticas conduzem ao mesmo resultado; nos sistemas abertos isso não acontece necessariamente.
É fácil notar que uma discussão completa da proposta desta atividade seria suficiente para uma monografia ou até mais. Tendo esta condição em mente, eu me propus a realizar esta atividade tentando apresentar um texto que não fosse excessivamente extenso, mas ainda satisfizesse os requisitos essenciais da tarefa.
Passamos, assim, a identificar as principais características do funcionamento de nosso município, isto é, input, THROUGH-PUT e output.
Importação de energia do meio ambiente (INPUT):
Conforme vimos, o sistema deve ser alimentado. No caso de nosso município, sua alimentação consiste de sua receita orçamentária, equipe de trabalho (funcionalismo público) e patrimônio.
A tabela que se segue, obtida a partir do site oficial da Câmara Municipal, apresenta uma comparação da receita orçamentária realizada em 2008 e a prevista para 2009.
Considero interessante notar que:
a) Está previsto um aumento de 8,28% no total arrecadado pelo município em 2009 em relação ao ano anterior.
b) Apesar da receita própria ser bastante alta (R$ 374.575.220,96 em 2008), existe uma significativa dependência dos poderes estadual e federal através das transferências orçamentárias de R$ 852.540.654,18 (em 2008).
O Patrimônio da cidade constitui um segundo input. Ele é gerido pelo Departamento de Recursos Materiais (DRM) da Secretaria Municipal de Administração. O DRM é responsável pelos procedimentos de compras de materiais e serviços para a Prefeitura Municipal de São José dos Campos, exceto para a Secretaria de Saúde, que mantém estrutura própria. O DRM é composto por duas divisões: Almoxarifado Central e Compras/Licitações. A Divisão de Compras/Licitações é responsável pelos procedimentos de compras e licitações e o almoxarifado central é responsável pelo gerenciamento de materiais da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, efetuando os controles, guarda e distribuição de materiais comprados pela prefeitura.
O terceiro input é o funcionalismo público. São funcionários públicos municipais: advogados, médicos, engenheiros, administradores de empresas, professores, ajudantes gerais, bibliotecários, pedreiros, garis, enfermeiros, motoristas, secretárias, etc. São comprometidos com o pagamento de pessoal da administração direta aproximadamente 50% da arrecadação do município.
Transformação (THROUGH-PUT):
As ações tomadas pela prefeitura devem refletir o interesse da maioria da população. Assim, estas decisões são sujeitas às pressões que a população de forma organizada (ou não) podem exercer. São formas organizadas de manifestação do interesse popular: a câmara de vereadores, as entidades de classe, as associações amigos de bairros, etc.
Em São José dos Campos, existe a Secretaria Municipal de Governo que é responsável por coordenar as relações da Prefeitura com todas as instâncias representativas da sociedade civil. Compete a ela coordenar a política de comunicação de toda a administração municipal. Sua missão é melhorar a comunicação entre a Prefeitura e a sociedade, dando mais dinamismo e transparência ao poder público. Também mantém relações comunitárias e divulgação das ações do governo nos bairros. Ela ainda coordena os trabalhos da imprensa e publicidade oficial, sob sua administração está a Gráfica Municipal que imprime jornais, folhetos e folders para campanhas educativas da Prefeitura.
Saída (OUTPUT):
São de responsabilidade da Prefeitura (outputs) entre outros:
• elaboração de orçamento;
• instituição e arrecadação de tributos;
• organização dos serviços administrativos e patrimoniais
• estabelecimento de normas de edificações, loteamentos, zoneamento e uso do solo;
• elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento integrado;
• gestão dos serviços de transporte coletivo;
• limpeza de vias; segurança de prédios e áreas públicas através da guarda municipal.
Por exemplo, a Secretaria de Serviços Municipais (SSM) tem por responsabilidade a manutenção, conservação e limpeza de todo o município. Ela também procura promover a comunicação e as relações com a comunidade, visando uma maior participação da população na conservação da estética pública da cidade. Ela realiza:
• Alinhamento e nivelamento de guias e sarjetas;
• Conserto de calçadas danificadas por árvores;
• Entrega de água potável;
• Iluminação de áreas públicas (praças e jardins);
• Limpeza de bocas-de-lobo, galerias e ramais;
• Manutenção de estradas e pontes rurais;
• Manutenção de vias públicas (com bloquetes, paralelepípedos, asfalto ou sem pavimentação);
• Plantio de árvores, podas e cortes de raízes (sujeitos a inspeção prévia por engenheiro agrônomo);
• Varrição de praças públicas;
• Dedetização por meio do caminhão "fumacê" e aplicação de larvicidas em margens e córregos de rios.
A SSM também realiza eventualmente serviços de manutenção de próprios públicos.
Notemos que, de forma alguma, esgotamos o assunto, outras formas de output ainda poderiam ser listadas e discutidas.
Estudar o funcionamento do município onde você reside, empregando a Teoria Geral de Sistemas. Analise os insumos ou inputs (tipos de impostos, valores, quantidade e qualidade dos recursos humanos, objetivos das administrações, etc.). Analise também as saídas ou outputs (discriminação de serviços prestados pela municipalidade, satisfação dos munícipes etc.). Além disso, analise o processamento ou through-puts, como as decisões são tomadas, quais as pressões a que os administradores estão submetidos, qual é o tamanho da máquina administrativa em relação à entrada de recursos e em relação aos serviços prestados, como a liderança impacta a estrutura, modificando-a ou não.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Com população de 610.965 habitantes, nono maior Produto Interno Bruto do Brasil e o terceiro do Estado de São Paulo, São José dos Campos é um dos centros industriais e de serviços mais importantes do Estado. O poder executivo municipal é comandado pelo prefeito e dividido em secretarias, tais como Secretaria de Governo, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação entre outras.
Em São José dos Campos, 96% dos domicílios são atendidos pelas redes de abastecimento de água e 89% têm coleta de esgotos. São tratados 45% do esgoto e 97% da água da cidade. A cidade conta com coleta seletiva de lixo reciclável. O município dispõe de 18 hospitais, 15 prontos-socorros, 33 Unidades Básicas de Saúde e nove Unidades Especializadas.
Apesar de possuir um grande parque tecnológico e industrial, São José dos Campos preserva áreas verdes que garantem a qualidade de vida e o lazer da população. Aproximadamente 62% do território do Município é Área de Preservação Ambiental!
SISTEMA ABERTO
O Município de São José dos Campos, se investigado pela Teoria Geral de Sistemas, deve ser considerado como um sistema aberto. Listamos e explicamos, a seguir, as nove características comuns aos sistemas abertos:
1ª. Importação de energia do meio ambiente (INPUT): know-how, insumos, matéria-prima, energia, mão-de-obra, tecnologia etc.
2ª. Transformação (THROUGH-PUT): Diz respeito ao processamento, característica que define o sistema. É o setor de produção do sistema.
3ª. Saída (OUTPUT): Diz respeito ao que o sistema realiza, operando sobre o meio ou outros sistemas.
4ª. Ciclos de eventos: O produto exportado para o meio renova as fontes de energia, reforçando o ciclo.
5ª. Entropia Negativa: Detém o processo de desorganização e morte. Os sistemas físicos e biológicos morrem inevitavelmente, por terem baixa plasticidade e baixa capacidade adaptativa. Já os sistemas sociais, que podem ter partes regeneradas ou recolocadas, podem viver indefinidamente.
6º. Retro-informação: demonstração, por sinais, de que algo não vai bem no sistema, o que permite corrigir desvios.
7ª. Tendência ao Estado Firme e Homeostase Dinâmica (homeos = igual, semelhante; statis = parada): Não é estado imóvel, fixo, mas tendência a conservar constantes as condições de vida no ambiente interno e a auto-conservar-se. Alguns teóricos falam em tendência a um “estado quase estacionário”. Sempre que uma parte sai do equilíbrio, algum mecanismo precisa ser acionado para manter certa estabilidade interna.
8ª. Diferenciação, especialização, maior elaboração: Exemplo: No Brasil, na “Velha República” (1889-1930), havia poucos ministérios na estrutura burocrática da união federal. Saúde e Educação, por exemplo, que hoje são os maiores em número de funcionários e tamanho da máquina, formavam um único ministério.
9ª. Eqüifinalidade: Princípio, segundo o qual um sistema pode alcançar o estado final por uma variedade de caminhos e diferentes condições iniciais. Nos sistemas fechados, físicos, condições iniciais idênticas conduzem ao mesmo resultado; nos sistemas abertos isso não acontece necessariamente.
É fácil notar que uma discussão completa da proposta desta atividade seria suficiente para uma monografia ou até mais. Tendo esta condição em mente, eu me propus a realizar esta atividade tentando apresentar um texto que não fosse excessivamente extenso, mas ainda satisfizesse os requisitos essenciais da tarefa.
Passamos, assim, a identificar as principais características do funcionamento de nosso município, isto é, input, THROUGH-PUT e output.
Importação de energia do meio ambiente (INPUT):
Conforme vimos, o sistema deve ser alimentado. No caso de nosso município, sua alimentação consiste de sua receita orçamentária, equipe de trabalho (funcionalismo público) e patrimônio.
A tabela que se segue, obtida a partir do site oficial da Câmara Municipal, apresenta uma comparação da receita orçamentária realizada em 2008 e a prevista para 2009.
Considero interessante notar que:
a) Está previsto um aumento de 8,28% no total arrecadado pelo município em 2009 em relação ao ano anterior.
b) Apesar da receita própria ser bastante alta (R$ 374.575.220,96 em 2008), existe uma significativa dependência dos poderes estadual e federal através das transferências orçamentárias de R$ 852.540.654,18 (em 2008).
O Patrimônio da cidade constitui um segundo input. Ele é gerido pelo Departamento de Recursos Materiais (DRM) da Secretaria Municipal de Administração. O DRM é responsável pelos procedimentos de compras de materiais e serviços para a Prefeitura Municipal de São José dos Campos, exceto para a Secretaria de Saúde, que mantém estrutura própria. O DRM é composto por duas divisões: Almoxarifado Central e Compras/Licitações. A Divisão de Compras/Licitações é responsável pelos procedimentos de compras e licitações e o almoxarifado central é responsável pelo gerenciamento de materiais da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, efetuando os controles, guarda e distribuição de materiais comprados pela prefeitura.
O terceiro input é o funcionalismo público. São funcionários públicos municipais: advogados, médicos, engenheiros, administradores de empresas, professores, ajudantes gerais, bibliotecários, pedreiros, garis, enfermeiros, motoristas, secretárias, etc. São comprometidos com o pagamento de pessoal da administração direta aproximadamente 50% da arrecadação do município.
Transformação (THROUGH-PUT):
As ações tomadas pela prefeitura devem refletir o interesse da maioria da população. Assim, estas decisões são sujeitas às pressões que a população de forma organizada (ou não) podem exercer. São formas organizadas de manifestação do interesse popular: a câmara de vereadores, as entidades de classe, as associações amigos de bairros, etc.
Em São José dos Campos, existe a Secretaria Municipal de Governo que é responsável por coordenar as relações da Prefeitura com todas as instâncias representativas da sociedade civil. Compete a ela coordenar a política de comunicação de toda a administração municipal. Sua missão é melhorar a comunicação entre a Prefeitura e a sociedade, dando mais dinamismo e transparência ao poder público. Também mantém relações comunitárias e divulgação das ações do governo nos bairros. Ela ainda coordena os trabalhos da imprensa e publicidade oficial, sob sua administração está a Gráfica Municipal que imprime jornais, folhetos e folders para campanhas educativas da Prefeitura.
Saída (OUTPUT):
São de responsabilidade da Prefeitura (outputs) entre outros:
• elaboração de orçamento;
• instituição e arrecadação de tributos;
• organização dos serviços administrativos e patrimoniais
• estabelecimento de normas de edificações, loteamentos, zoneamento e uso do solo;
• elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento integrado;
• gestão dos serviços de transporte coletivo;
• limpeza de vias; segurança de prédios e áreas públicas através da guarda municipal.
Por exemplo, a Secretaria de Serviços Municipais (SSM) tem por responsabilidade a manutenção, conservação e limpeza de todo o município. Ela também procura promover a comunicação e as relações com a comunidade, visando uma maior participação da população na conservação da estética pública da cidade. Ela realiza:
• Alinhamento e nivelamento de guias e sarjetas;
• Conserto de calçadas danificadas por árvores;
• Entrega de água potável;
• Iluminação de áreas públicas (praças e jardins);
• Limpeza de bocas-de-lobo, galerias e ramais;
• Manutenção de estradas e pontes rurais;
• Manutenção de vias públicas (com bloquetes, paralelepípedos, asfalto ou sem pavimentação);
• Plantio de árvores, podas e cortes de raízes (sujeitos a inspeção prévia por engenheiro agrônomo);
• Varrição de praças públicas;
• Dedetização por meio do caminhão "fumacê" e aplicação de larvicidas em margens e córregos de rios.
A SSM também realiza eventualmente serviços de manutenção de próprios públicos.
Notemos que, de forma alguma, esgotamos o assunto, outras formas de output ainda poderiam ser listadas e discutidas.
Escola de Relações Humanas
Caso você fosse dirigente organizacional, aplicaria na sua empresa as idéias da Escola de Relações Humanas e da Dinâmica dos Grupos?
Não creio que a Teoria Clássica e nem a Escola de Relações Humanas tenham a resposta para todas as situações administrativas. Assim, empregar as idéias da Escola de Relações Humanas e as Dinâmicas de Grupo pode ser eficaz dependendo do tipo de empresa e das circunstâncias. Por exemplo, existem dinâmicas de grupo bastante interessantes para serem aplicadas ao processo de contratação de novos funcionários, para integração, apresentação, avaliação de novos funcionários. Outras dinâmicas aplicam-se à comunicação e organização do grupo. Estas técnicas aliadas às idéias da Escola de Relações Humanas seriam particularmente úteis para empresas onde há um grande número de voluntários (Clubes de Serviços – Rotary, Lions, etc.) ou onde os funcionários são estáveis (repartições públicas, etc.). Por outro lado, pessoalmente, favoreço a existência de uma hierarquia bem estabelecida, onde cada funcionário deve se reportar ao seu chefe imediato e este se responsabiliza pelo desempenho de seus subordinados. É claro que esta forma de administração também tem sua aplicação preferencial em determinados tipos de atividades empresariais, tais como, instituições eclesiásticas, militares, orquestras, etc.
Em conclusão, a resposta adequada à pergunta formulada nesta atividade seria: “depende”. “Em minha empresa”, eu usaria algumas técnicas e idéias da Escola de Relações Humanas, mas não a administraria exclusivamente por estes métodos.
Certidão de nascimento das profissões de administrador e engenheiro de produção
Por quais razões pode-se até dizer que a obra “Administração Industrial e Geral”, de Fayol, é a certidão de nascimento da profissão de administrador enquanto “Princípios da Administração Científica”, de Taylor, é a certidão de nascimento da profissão de engenheiro de produção?
A certidão de nascimento é um documento que estabelece hora, local e origem de um ser humano. Isto é, a partir daquele momento, em um dado lugar, uma nova pessoa passou a existir. De modo análogo, para ser qualificada como a “certidão de nascimento” de uma profissão, uma obra deve ser a primeira a apresentar suas características mais relevantes. Só assim, tal obra poderá marcar, através da sua publicação, os dados de data, local e origem desta profissão.
Vejamos inicialmente a descrição da profissão de administrador baseada naquela apresentada no portal da administração (administradores.com.br). Cabe ao administrador elaborar planos, pareceres, relatórios, projetos, etc. em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração. O administrador deve saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas, saber decidir e solucionar problemas. Deve também saber lidar com pessoas, comunicando-se eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo cooperação e solucionando conflitos. O Administrador deve, ainda, ser criativo, cooperativo e bom líder ajudando os funcionários para que eles possam crescer junto com a empresa.
Ora, como sabemos, a “Administração Industrial e Geral” de Fayol constitui a primeira descrição sistemática sobre a forma de gerir uma empresa. De fato, podemos relacionar a descrição da profissão de administrador acima com os cinco elementos do ato de administrar apresentados por Fayol. Para facilitar a visualização, a comparação entre as idéias de Fayol e a descrição das habilidades do administrador é apresentada na tabela que se segue.
Elementos de Administração (Fayol) Descrição da Profissão
Prever Elaborar planos
Organizar Decidir e solucionar problemas
Comandar Saber lidar com pessoas
Coordenar Negociar e conduzir mudanças
Controlar Obter cooperação e solucionar conflitos
É, portanto, razoável considerar a obra de Fayol como a verdadeira “certidão de nascimento” da profissão de administrador.
Voltemos agora nossa atenção à segunda parte do enunciado. Para tanto, devemos também analisar a descrição da profissão de engenheiro de produção. Uma das principais missões do engenheiro de produção é promover a expansão do consumo, por meio da redução do custo dos serviços e mercadorias e da maior eficiência dos sistemas produtivos. O engenheiro de produção é uma peça importante para que os empresários possam aumentar o volume de produção, fabricar bens capazes de competir no mercado e, ao mesmo tempo, oferecer à população produtos com preços mais baixos. O engenheiro de produção deve buscar sempre inovação e formas inéditas de fabricar novos produtos, racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Ele também define a melhor forma de integrar mão-de-obra, equipamentos e matéria-prima e de avançar na qualidade e aumentar a produtividade.
Como sabemos, o trabalho de Taylor gira em torno de uma palavra-chave: eficiência. Ele propunha a decomposição, simplificação e sistematização do trabalho. Propunha também a utilização do saber-fazer. Era defensor intransigente da eliminação de desperdícios, elevação da produtividade pela aplicação de métodos e técnicas. Novamente, fica clara a identificação entre as idéias introduzidas por Taylor e a descrição da profissão de engenheiro de produção. Como “Princípios da Administração Científica”, de Taylor, foi a primeira obra a apresentar as características do engenheiro de produção faz sentido descrevê-la como sua “certidão de nascimento”.
Quais, na sua opinião, podem ser considerados aportes positivos do Taylorismo-Fordismo para a humanidade?
O fordismo se caracteriza pela produção em série e muitos o consideram como um aperfeiçoamento do taylorismo. Ford introduziu em suas fábricas as linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção. O método de produção fordista permitiu que a Ford Motor Company produzisse mais de dois milhões de carros por ano, durante a década de 1920. Ao contrário da produção artesanal, na produção em massa, o trabalhador repete uma tarefa usando sempre a mesma ferramenta. O operário não desperdiça tempo preparando materiais ou ferramentas. Desse modo, o tempo necessário para produzir um produto na produção de massa é bem menor que no processo artesanal.
O fordismo teve seu período áureo após a 2ª Grande Guerra. As décadas de 1950 e 1960 ficaram conhecidas como “Os Anos Dourados” do capitalismo. São considerados princípios fordistas:
• Intensificação;
• Produtividade;
• Economicidade.
Taylor e Ford conseguiram habilitar trabalhadores desqualificados (ex-escravos e imigrantes) para a indústria. Colocaram o trabalho como centro da vida, a disciplina férrea como estilo de vida e o acúmulo de patrimônio como um fim em si mesmo. Ainda, a administração baseada em eficiência, que preconizavam, permitiu a multiplicação na capacidade de produzir bens e serviços. Criaram, assim, as bases para a economia de massas ao gerarem simultaneamente uma massa de consumidores e grandes quantidades de produtos a serem consumidos.
Como se explica o círculo vicioso de produzir e consumir, de escravizar-se ao trabalho para conseguir consumir?
Mais uma vez, a dupla- Taylor e Ford - tem um papel preponderante na criação do consumismo. A busca incessante pela eficiência, que eles iniciaram, tem o aumento da produção como sua natural conseqüência. Ora, esta produção tem que ser vendida. Logo, é necessário que haja um mercado para consumi-la. Os trabalhadores são estimulados, através do marketing, a consumirem cada vez mais. Não surpreende, pois, que Ford seja considerado o “pai do marketing”. Para poderem consumir mais, os operários devem trabalhar mais e o processo forma um “loop” interminável tornando capital e força de trabalho aliados na manutenção desta situação. É claro que quando há um desequilíbrio entre produção e massa salarial temos uma crise.
Por que o Tio Patinhas pode ser considerado um símbolo da cultura americana?
O personagem Tio Patinhas, cujo nome original em inglês é Scrooge McDuck, foi inspirado em Ebenezer Scrooge, o velho avarento da obra “A Christmas Carol” de Charles Dickens. Seu nome original reflete a origem escocesa do personagem. Neste caso, ele se identifica com a maioria da população americana que é formada por descendentes de imigrantes. Tio Patinhas inicia sua vida humildemente e sobe a escala social através de muito trabalho e seu talento financeiro. Assim, ele reflete o “self-made man” tão prestigiado na cultura americana. Scrooge torna-se o pato mais rico do mundo e mantém a maior parte de sua riqueza guardada em um cofre. Seu prazer maior é nadar em seu dinheiro. Para seu amuleto, ele guarda a primeira moeda que ganhou. O valor total da riqueza do Tio Patinhas não é claramente conhecido. É claro, contudo, que ele nunca considera ter acumulado riqueza suficiente. Estas últimas características são projetadas a partir dos princípios morais e éticos do calvinismo religioso que foi trazido para a América pelos peregrinos. Seu comportamento evidencia a importância do acúmulo de bens como um fim em si mesmo.
Por que a moderna democracia é considerada um legado dos EUA?
A Revolução Americana de 1776, movimento de ampla base popular, teve como principal motor a burguesia colonial e levou à independência das Treze Colônias - os Estados Unidos da América. Thomas Jefferson, democrata de idéias avançadas, redigiu a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, promulgada em 4 de Julho de 1776. Os EUA foram os primeiros a adotarem uma constituição política escrita. É a mais curta e mais velha constituição escrita de qualquer país soberano.
A declaração justificava a independência dos EUA por uma lista de atos extorsivos praticados pelo Rei George III da Inglaterra. A declaração apresentava também certos direitos naturais das nações que incluíam o direito à revolução.
Esta declaração é particularmente famosa pela seguinte sentença que explica os “direitos naturais”:
“We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.”
(Consideramos evidente que todos os homens são criados iguais e que receberam do Criador certos direitos inalienáveis tais como: Vida, Liberdade e a busca pela Felicidade.) tradução livre minha.
Esta passagem, por ser costumeiramente empregada para promover o direito de grupos minoritários e representar um padrão moral que os EUA buscam aplicar e/ou impor, merece ser considerada um legado dos EUA.
Por que os EUA se consideram aptos, moralmente, para intervir em outros países e estabelecer “democracia”?
Embora os fundadores (Founding fathers) dos EUA não tenham usado o nome democracia explicitamente, basearam a estrutura desta nação em um princípio de liberdade, igualdade e fraternidade de origem iluminista. A constituição americana, adotada em 1788, determinava que o governo fosse eleito e que os direitos civis e liberdades individuais fossem preservados. Deste modo, por serem os primeiros e maiores democratas, os americanos julgam-se moralmente aptos a intervir em outros países.
Os EUA têm, ao longo da história, praticado a “exportação da democracia” através da intervenção militar. Pelo menos, esta tem sido a justificativa que os lideres americanos têm usado para realizarem ataques à soberania de outras nações. Na prática, esta estratégia é baseada numa visão bastante realista de que a política de outras nações pode produzir impacto sobre a habilidade americana em garantir sua segurança, seus interesses econômicos e o “American way of life”.
Em que medida e como as seitas protestantes deram vigor ao capitalismo americano?
A questão de como se relacionam o calvinismo e o capitalismo, apesar de não ter alcançado consenso entre os estudiosos, popularizou-se a partir do estudo A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo publicado em 1904 pelo alemão Max Weber (1864-1920). Numa tese oposta à de Karl Marx, Weber concluiu que a religião exerce uma profunda influência sobre a vida econômica. Mais especificamente, ele afirmou que a teologia e a ética do calvinismo foram fatores essenciais no desenvolvimento do capitalismo do norte da Europa e dos Estados Unidos. Weber partiu da constatação de que em certos países da Europa um número desproporcional de protestantes estavam envolvidos com ocupações ligadas ao capital, à indústria e ao comércio. Além disso, algumas regiões de fé calvinista estavam entre aquelas onde mais floresceu o capitalismo. Ao analisar os dados, Weber concluiu que entre os puritanos surgiu um "espírito capitalista" que fez do lucro e do ganho um dever. Isso, segundo Weber, gerou o individualismo e estimulou que os fiéis vivessem uma vida disciplinada, apegada ao trabalho e à poupança. Finalmente, transportado para fora dos templos e um pouco deturpado, o espírito protestante gerou a mentalidade burguesa e as realidades cruéis do mundo dos negócios.
A certidão de nascimento é um documento que estabelece hora, local e origem de um ser humano. Isto é, a partir daquele momento, em um dado lugar, uma nova pessoa passou a existir. De modo análogo, para ser qualificada como a “certidão de nascimento” de uma profissão, uma obra deve ser a primeira a apresentar suas características mais relevantes. Só assim, tal obra poderá marcar, através da sua publicação, os dados de data, local e origem desta profissão.
Vejamos inicialmente a descrição da profissão de administrador baseada naquela apresentada no portal da administração (administradores.com.br). Cabe ao administrador elaborar planos, pareceres, relatórios, projetos, etc. em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração. O administrador deve saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas, saber decidir e solucionar problemas. Deve também saber lidar com pessoas, comunicando-se eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo cooperação e solucionando conflitos. O Administrador deve, ainda, ser criativo, cooperativo e bom líder ajudando os funcionários para que eles possam crescer junto com a empresa.
Ora, como sabemos, a “Administração Industrial e Geral” de Fayol constitui a primeira descrição sistemática sobre a forma de gerir uma empresa. De fato, podemos relacionar a descrição da profissão de administrador acima com os cinco elementos do ato de administrar apresentados por Fayol. Para facilitar a visualização, a comparação entre as idéias de Fayol e a descrição das habilidades do administrador é apresentada na tabela que se segue.
Elementos de Administração (Fayol) Descrição da Profissão
Prever Elaborar planos
Organizar Decidir e solucionar problemas
Comandar Saber lidar com pessoas
Coordenar Negociar e conduzir mudanças
Controlar Obter cooperação e solucionar conflitos
É, portanto, razoável considerar a obra de Fayol como a verdadeira “certidão de nascimento” da profissão de administrador.
Voltemos agora nossa atenção à segunda parte do enunciado. Para tanto, devemos também analisar a descrição da profissão de engenheiro de produção. Uma das principais missões do engenheiro de produção é promover a expansão do consumo, por meio da redução do custo dos serviços e mercadorias e da maior eficiência dos sistemas produtivos. O engenheiro de produção é uma peça importante para que os empresários possam aumentar o volume de produção, fabricar bens capazes de competir no mercado e, ao mesmo tempo, oferecer à população produtos com preços mais baixos. O engenheiro de produção deve buscar sempre inovação e formas inéditas de fabricar novos produtos, racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Ele também define a melhor forma de integrar mão-de-obra, equipamentos e matéria-prima e de avançar na qualidade e aumentar a produtividade.
Como sabemos, o trabalho de Taylor gira em torno de uma palavra-chave: eficiência. Ele propunha a decomposição, simplificação e sistematização do trabalho. Propunha também a utilização do saber-fazer. Era defensor intransigente da eliminação de desperdícios, elevação da produtividade pela aplicação de métodos e técnicas. Novamente, fica clara a identificação entre as idéias introduzidas por Taylor e a descrição da profissão de engenheiro de produção. Como “Princípios da Administração Científica”, de Taylor, foi a primeira obra a apresentar as características do engenheiro de produção faz sentido descrevê-la como sua “certidão de nascimento”.
Quais, na sua opinião, podem ser considerados aportes positivos do Taylorismo-Fordismo para a humanidade?
O fordismo se caracteriza pela produção em série e muitos o consideram como um aperfeiçoamento do taylorismo. Ford introduziu em suas fábricas as linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção. O método de produção fordista permitiu que a Ford Motor Company produzisse mais de dois milhões de carros por ano, durante a década de 1920. Ao contrário da produção artesanal, na produção em massa, o trabalhador repete uma tarefa usando sempre a mesma ferramenta. O operário não desperdiça tempo preparando materiais ou ferramentas. Desse modo, o tempo necessário para produzir um produto na produção de massa é bem menor que no processo artesanal.
O fordismo teve seu período áureo após a 2ª Grande Guerra. As décadas de 1950 e 1960 ficaram conhecidas como “Os Anos Dourados” do capitalismo. São considerados princípios fordistas:
• Intensificação;
• Produtividade;
• Economicidade.
Taylor e Ford conseguiram habilitar trabalhadores desqualificados (ex-escravos e imigrantes) para a indústria. Colocaram o trabalho como centro da vida, a disciplina férrea como estilo de vida e o acúmulo de patrimônio como um fim em si mesmo. Ainda, a administração baseada em eficiência, que preconizavam, permitiu a multiplicação na capacidade de produzir bens e serviços. Criaram, assim, as bases para a economia de massas ao gerarem simultaneamente uma massa de consumidores e grandes quantidades de produtos a serem consumidos.
Como se explica o círculo vicioso de produzir e consumir, de escravizar-se ao trabalho para conseguir consumir?
Mais uma vez, a dupla- Taylor e Ford - tem um papel preponderante na criação do consumismo. A busca incessante pela eficiência, que eles iniciaram, tem o aumento da produção como sua natural conseqüência. Ora, esta produção tem que ser vendida. Logo, é necessário que haja um mercado para consumi-la. Os trabalhadores são estimulados, através do marketing, a consumirem cada vez mais. Não surpreende, pois, que Ford seja considerado o “pai do marketing”. Para poderem consumir mais, os operários devem trabalhar mais e o processo forma um “loop” interminável tornando capital e força de trabalho aliados na manutenção desta situação. É claro que quando há um desequilíbrio entre produção e massa salarial temos uma crise.
Por que o Tio Patinhas pode ser considerado um símbolo da cultura americana?
O personagem Tio Patinhas, cujo nome original em inglês é Scrooge McDuck, foi inspirado em Ebenezer Scrooge, o velho avarento da obra “A Christmas Carol” de Charles Dickens. Seu nome original reflete a origem escocesa do personagem. Neste caso, ele se identifica com a maioria da população americana que é formada por descendentes de imigrantes. Tio Patinhas inicia sua vida humildemente e sobe a escala social através de muito trabalho e seu talento financeiro. Assim, ele reflete o “self-made man” tão prestigiado na cultura americana. Scrooge torna-se o pato mais rico do mundo e mantém a maior parte de sua riqueza guardada em um cofre. Seu prazer maior é nadar em seu dinheiro. Para seu amuleto, ele guarda a primeira moeda que ganhou. O valor total da riqueza do Tio Patinhas não é claramente conhecido. É claro, contudo, que ele nunca considera ter acumulado riqueza suficiente. Estas últimas características são projetadas a partir dos princípios morais e éticos do calvinismo religioso que foi trazido para a América pelos peregrinos. Seu comportamento evidencia a importância do acúmulo de bens como um fim em si mesmo.
Por que a moderna democracia é considerada um legado dos EUA?
A Revolução Americana de 1776, movimento de ampla base popular, teve como principal motor a burguesia colonial e levou à independência das Treze Colônias - os Estados Unidos da América. Thomas Jefferson, democrata de idéias avançadas, redigiu a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, promulgada em 4 de Julho de 1776. Os EUA foram os primeiros a adotarem uma constituição política escrita. É a mais curta e mais velha constituição escrita de qualquer país soberano.
A declaração justificava a independência dos EUA por uma lista de atos extorsivos praticados pelo Rei George III da Inglaterra. A declaração apresentava também certos direitos naturais das nações que incluíam o direito à revolução.
Esta declaração é particularmente famosa pela seguinte sentença que explica os “direitos naturais”:
“We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.”
(Consideramos evidente que todos os homens são criados iguais e que receberam do Criador certos direitos inalienáveis tais como: Vida, Liberdade e a busca pela Felicidade.) tradução livre minha.
Esta passagem, por ser costumeiramente empregada para promover o direito de grupos minoritários e representar um padrão moral que os EUA buscam aplicar e/ou impor, merece ser considerada um legado dos EUA.
Por que os EUA se consideram aptos, moralmente, para intervir em outros países e estabelecer “democracia”?
Embora os fundadores (Founding fathers) dos EUA não tenham usado o nome democracia explicitamente, basearam a estrutura desta nação em um princípio de liberdade, igualdade e fraternidade de origem iluminista. A constituição americana, adotada em 1788, determinava que o governo fosse eleito e que os direitos civis e liberdades individuais fossem preservados. Deste modo, por serem os primeiros e maiores democratas, os americanos julgam-se moralmente aptos a intervir em outros países.
Os EUA têm, ao longo da história, praticado a “exportação da democracia” através da intervenção militar. Pelo menos, esta tem sido a justificativa que os lideres americanos têm usado para realizarem ataques à soberania de outras nações. Na prática, esta estratégia é baseada numa visão bastante realista de que a política de outras nações pode produzir impacto sobre a habilidade americana em garantir sua segurança, seus interesses econômicos e o “American way of life”.
Em que medida e como as seitas protestantes deram vigor ao capitalismo americano?
A questão de como se relacionam o calvinismo e o capitalismo, apesar de não ter alcançado consenso entre os estudiosos, popularizou-se a partir do estudo A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo publicado em 1904 pelo alemão Max Weber (1864-1920). Numa tese oposta à de Karl Marx, Weber concluiu que a religião exerce uma profunda influência sobre a vida econômica. Mais especificamente, ele afirmou que a teologia e a ética do calvinismo foram fatores essenciais no desenvolvimento do capitalismo do norte da Europa e dos Estados Unidos. Weber partiu da constatação de que em certos países da Europa um número desproporcional de protestantes estavam envolvidos com ocupações ligadas ao capital, à indústria e ao comércio. Além disso, algumas regiões de fé calvinista estavam entre aquelas onde mais floresceu o capitalismo. Ao analisar os dados, Weber concluiu que entre os puritanos surgiu um "espírito capitalista" que fez do lucro e do ganho um dever. Isso, segundo Weber, gerou o individualismo e estimulou que os fiéis vivessem uma vida disciplinada, apegada ao trabalho e à poupança. Finalmente, transportado para fora dos templos e um pouco deturpado, o espírito protestante gerou a mentalidade burguesa e as realidades cruéis do mundo dos negócios.
Características da Teoria de Fayol
Quais os argumentos que Fayol apresentava para justificar a importância de se ensinar administração em todos os níveis de ensino?
Fayol defende, em Administração Geral e Industrial de 1916, que a administração é uma ciência e não apenas uma improvisação derivada da simples observação empírica de fatos. Dizia que o conhecimento de administração não deveria ser um privilégio pessoal e sim uma função que se reparte, como as outras funções especiais, entre a cabeça e os membros do corpo social.
Segundo ele, por ser ciência, a administração deveria ser ensinada metodicamente nas escolas. Seu objetivo seria formar melhores administradores e desenvolver qualidades e aptidões pessoais. Ele afirmava que estas aptidões desenvolvidas através do estudo da ciência da administração, seriam valiosas fora do ambiente empresarial, isto é, na vida particular também.
Quais as características que diferenciam as capacidades técnicas das capacidades administrativas?
Fayol discriminou as 6 funções essenciais de uma empresa.
• Funções Técnicas
• Funções Comerciais
• Funções Financeiras
• Funções de Segurança
• Funções Contábeis
• Funções Administrativas
As funções técnicas são aquelas que se relacionam exclusivamente com o processo de produção/fabricação, isto é, a atividade fim da empresa. Segundo Fayol, as funções administrativas estão acima das demais e englobam os 5 elementos do ato de administrar, a saber:
• Prever
• Organizar
• Comandar
• Coordenar
• Controlar
Em outras palavras, no que concerne às capacidades, as conclusões de Fayol estabelecem que a capacidade principal dos agentes inferiores é a capacidade profissional característica da empresa (técnica), enquanto que a capacidade principal dos grandes chefes é a capacidade administrativa. Deste modo, ele visualizava uma pirâmide hierárquica que tinha em sua base (inferior) as capacidades técnicas e no seu ápice, as administrativas. Apesar de privilegiar as capacidades administrativas, em seus escritos, não deixava de afirmar que estas mantinham uma relação de interdependência com todas as outras 5 funções.
Por que a obra de Fayol (Administração Industrial e Geral) é considerada um “escola de chefes” ?
Como sabemos, a partir da 2ª revolução industrial (1880) surgem as grandes corporações multidepartamentais. Os engenheiros F.W. Taylor (USA) e H. Fayol (FR) são considerados os fundadores da administração moderna. Apesar de contemporâneos, seus estudos são desenvolvidos a partir de pontos de vista diferentes. Taylor, fundador da escola científica, tem o foco de sua investigação no “chão da fábrica”. Dedica-se a minimizar o esforço físico do operário, diminuir o número de movimentos realizados e, desta forma, aumentar a produtividade e o lucro. Em uma linguagem mais recente, ele analisava a empresa de baixo para cima (bottom-up). Por outro lado, Fayol, fundador da escola clássica, tem o foco de suas investigações nas funções administrativas. Assim, ele analisa a empresa de cima para baixo. Ele via a empresa pela ótica da gerência e enfatizou a unidade de comando, a autoridade e a responsabilidade.
Fayol relacionou 14 princípios básicos:
1- Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.
2- Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
3- Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.
4- Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupos de atividades com os mesmos objetivos.
5-Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários.
6-Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.
7-Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.
8-Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.
9-Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
10-Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11-Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
12-Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
13-Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
14-Espírito de equipe – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe.
A afirmação, que a teoria clássica de Fayol é uma “escola de chefes”, espelha de forma jocosa a crítica, sempre presente, que ele seria obcecado pelo comando. Ao examinarmos os 14 princípios básicos da teoria de Fayol, constatamos que, pelo menos oito (1,2,3,4,5, 8,9,10) deles, são diretamente ligados à “chefia”.
Apesar de defender a estabilidade dos funcionários e remuneração justa, sua teoria foi acusada de tendenciosa e desenvolvida com a finalidade exclusiva de manipular os trabalhadores. Cabe, ainda, relembrar que esta acusação não foi feita exclusivamente a Fayol, também Taylor sofreu as mesmas acusações sendo até mesmo investigado pelo congresso americano.
Fayol defende, em Administração Geral e Industrial de 1916, que a administração é uma ciência e não apenas uma improvisação derivada da simples observação empírica de fatos. Dizia que o conhecimento de administração não deveria ser um privilégio pessoal e sim uma função que se reparte, como as outras funções especiais, entre a cabeça e os membros do corpo social.
Segundo ele, por ser ciência, a administração deveria ser ensinada metodicamente nas escolas. Seu objetivo seria formar melhores administradores e desenvolver qualidades e aptidões pessoais. Ele afirmava que estas aptidões desenvolvidas através do estudo da ciência da administração, seriam valiosas fora do ambiente empresarial, isto é, na vida particular também.
Quais as características que diferenciam as capacidades técnicas das capacidades administrativas?
Fayol discriminou as 6 funções essenciais de uma empresa.
• Funções Técnicas
• Funções Comerciais
• Funções Financeiras
• Funções de Segurança
• Funções Contábeis
• Funções Administrativas
As funções técnicas são aquelas que se relacionam exclusivamente com o processo de produção/fabricação, isto é, a atividade fim da empresa. Segundo Fayol, as funções administrativas estão acima das demais e englobam os 5 elementos do ato de administrar, a saber:
• Prever
• Organizar
• Comandar
• Coordenar
• Controlar
Em outras palavras, no que concerne às capacidades, as conclusões de Fayol estabelecem que a capacidade principal dos agentes inferiores é a capacidade profissional característica da empresa (técnica), enquanto que a capacidade principal dos grandes chefes é a capacidade administrativa. Deste modo, ele visualizava uma pirâmide hierárquica que tinha em sua base (inferior) as capacidades técnicas e no seu ápice, as administrativas. Apesar de privilegiar as capacidades administrativas, em seus escritos, não deixava de afirmar que estas mantinham uma relação de interdependência com todas as outras 5 funções.
Por que a obra de Fayol (Administração Industrial e Geral) é considerada um “escola de chefes” ?
Como sabemos, a partir da 2ª revolução industrial (1880) surgem as grandes corporações multidepartamentais. Os engenheiros F.W. Taylor (USA) e H. Fayol (FR) são considerados os fundadores da administração moderna. Apesar de contemporâneos, seus estudos são desenvolvidos a partir de pontos de vista diferentes. Taylor, fundador da escola científica, tem o foco de sua investigação no “chão da fábrica”. Dedica-se a minimizar o esforço físico do operário, diminuir o número de movimentos realizados e, desta forma, aumentar a produtividade e o lucro. Em uma linguagem mais recente, ele analisava a empresa de baixo para cima (bottom-up). Por outro lado, Fayol, fundador da escola clássica, tem o foco de suas investigações nas funções administrativas. Assim, ele analisa a empresa de cima para baixo. Ele via a empresa pela ótica da gerência e enfatizou a unidade de comando, a autoridade e a responsabilidade.
Fayol relacionou 14 princípios básicos:
1- Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.
2- Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
3- Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.
4- Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupos de atividades com os mesmos objetivos.
5-Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários.
6-Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.
7-Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.
8-Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.
9-Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
10-Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11-Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
12-Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
13-Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
14-Espírito de equipe – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe.
A afirmação, que a teoria clássica de Fayol é uma “escola de chefes”, espelha de forma jocosa a crítica, sempre presente, que ele seria obcecado pelo comando. Ao examinarmos os 14 princípios básicos da teoria de Fayol, constatamos que, pelo menos oito (1,2,3,4,5, 8,9,10) deles, são diretamente ligados à “chefia”.
Apesar de defender a estabilidade dos funcionários e remuneração justa, sua teoria foi acusada de tendenciosa e desenvolvida com a finalidade exclusiva de manipular os trabalhadores. Cabe, ainda, relembrar que esta acusação não foi feita exclusivamente a Fayol, também Taylor sofreu as mesmas acusações sendo até mesmo investigado pelo congresso americano.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Apresentação
Este blog será usado para documentar o material do curso de Administração Pública da UFOP.
Neste primeiro semestre, estudamos 6 disciplinas:
TGA1-Teoria Geral da Administração 1;
Metodologia;
Teoria Política;
Matemática para Administradores;
Psicologia Organizacional e
Seminário Integrador
Em particular, este blog vai guardar as minhas tarefas e demais textos estudados ou produzidos. Cada disciplina terá seu próprio espaço. O material será disponibilizado somente a leitores autorizados.
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