Filosofia Antiga
• Período Pré-socrático ou cosmológico: ocupa-se com a origem do mundo.
• Período Socrático ou antropológico: ocupa-se da vida social do homem.
• Período Helenístico ou Greco-Romano: supremacia da visão cristã. As doutrinas helênicas (estoicismo, epicurismo e céticos) contribuem para a passagem do predomínio da comunidade, para o predomínio do indivíduo.
Nos primeiros séculos do cristianismo decidiu-se como dogma, a separação entre corpo e alma. A figura marcante é São Paulo, responsável pela racionalização de uma verdade religiosa.
Filosofia Medieval
Período de 1000 anos de predomínio da igreja católica romana. O cristianismo torna-se predominante no séc. IV, com o imperador Constantino. Teodósio, em 380, define a doutrina cristã como religião de estado. Principais características:
• Estreita relação filosofia<->religião.
• Forte presença de Aristóteles (lógica, ética, metafísica) devido a S. Tomás de Aquino que concilia razão e fé.
A verdade é revelada por Deus e não descoberta pelo ser humano. “Extra Ecclesiam nulla salus” = fora da igreja não há salvação! (Santo Agostinho).
Os grandes filósofos cristãos: Sto. Agostinho segue Platão e S. Tomás de Aquino segue Aristóteles.
Filosofia Moderna
Neste período temos: Renascença, Reforma Protestante e criação da Ciência moderna. Temos também a inauguração da Ciência política com Maquiavel. Surge uma visão naturalista onde o homem é parte da natureza. Se antes o trabalho é visto como castigo, passa a ser visto como positivo. Após a renascença, há o racionalismo clássico moderno de Descartes (1596-1650). Ele propõe duvidar-se de tudo e procurar uma verdade que fosse a nova base de todo conhecimento!! Se eu penso, então existo! A existência de Deus passa a depender da prova realizada pelo ser humano!! Esta é a visão antropocêntrica da modernidade. Hobbes (1588-1679): “ a razão é a capacidade humana de calcular e controlar todas as coisas”. A tese do contratualismo moderno mostra que os homens inventaram a política. O estado, se não estiver a serviço do indivíduo, tornar-se-á dispensável.
Outra fase da filosofia moderna é o iluminismo. Pela razão, e só por ela, o homem pode conquistar a felicidade.
Kant (1724-1804) diz que cabe à filosofia responder:
• O que é possível conhecer
• O que devo fazer
• O que me é licito esperar
• O que é o homem
Para Kant, respondendo as 3 primeiras perguntas teremos respondido à 4a, pois esta é a síntese das outras. Esta resposta geral se denomina pensamento crítico. A atitude cética sustenta que não há como estabelecer um conhecimento objetivo da realidade. Em oposição ao pensamento cético, está o pensamento dogmático que defende que os seres humanos são capazes de alcançar um conhecimento seguro e eterno da essência das coisas. Kant nega essas duas atitudes e defende uma atitude crítica. Esta é a atitude filosófica que se põe para além do ceticismo e dogmatismo. Kant defende que o homem é quem deve determinar o que é válido e o que se deve fazer. Ao contrário da igreja que defende que este papel pertence a Deus.
Esclarecimento é o mesmo que iluminismo. Ser moderno significa ser autônomo enquanto não ser moderno significa ser heterônomo. Segundo Kant, este é um processo de busca constante. Ser moderno significa assumir responsabilidade e não transferi-la para os outros.
Filosofia Contemporânea
O texto não tenta caracterizar a filosofia Contemporânea. Apenas cita como o período de várias vozes da razão. Atualmente parece abriu-se mão da convicção de que seja necessário haver um único fundamento.
Sócrates e Platão
Diálogos Socráticos (O Banquete) X Diálogos Platônicos (A República). Ambos escritos por Platão já que Sócrates nada deixou por escrito e Platão foi seu discípulo.
Para Sócrates, filosofia é a busca da sabedoria. Para Platão, Filosofia é o encontro da sabedoria.
Noção socrática do filosofo = é quem busca eroticamente, amorosamente, entender as coisas, o mundo. É enfatizado que filósofo é quem busca a verdade e, não quem a sabe. Quando Sócrates pergunta a Diotima: o que é amor? Em sua longa resposta vemos: “está sempre a meio caminho entre a sabedoria e a ignorância”. Aqui fica demonstrado o paralelo entre o amor e a filosofia; ambos estão entre a ignorância e a sabedoria.
Na concepção Platônica, conforme apresentada em “A República”, a filosofia é a posse da verdade ou é a própria verdade. Platão não só diz que é possível alcançar a verdade na teoria, mas também que é preciso e possível por essa verdade em prática. Em a “Alegoria da Caverna”, Platão apresenta uma discussão político-ética sobre quem deve ser o governante, apresenta um roteiro a seguir para a educação ou para conhecer a verdade e, finalmente, o que é a verdade e como difere de opinião. Para Platão, há homens que nascem escravos e outros livres. Há entre os livres, os de ouro, prata e bronze. Os de bronze, cuidam da produção e do comércio e são artesãos; sua grande virtude deve ser o comedimento. Os de prata, são os soldados, cuja virtude deve ser a coragem. E os de ouro, são os governantes, que Platão chamava administradores! Do ponto de vista do conhecimento, os homens de ouro são os filósofos enquanto os outros “só” chegam à musica, geometria, matemática.
A origem do conhecimento teria fundamento objetivo, não era subjetiva.
Atualizando a tese de Platão, hoje diríamos que o bom governante é o cientista ou técnico especializado.
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