segunda-feira, 1 de março de 2010

2010 - 2o semestre

Segundo Semestre 
Iniciamos o  semestre com três disciplinas: 
  1. EAD350 - TEORIA GERAL DA ADMINISTRACAO II
  2. EAD351 - FILOSOFIA E ETICA  
  3. EAD352 - INTRODUCAO A ECONOMIA
Vou colar abaixo as minhas soluções das primeiras tarefas de EAD351 e EAD352


1a tarefa: EAD351 - FILOSOFIA E ETICA

Fichamento
Filosofia e Ética – Selvino José Assmann
Florianópolis – Dep. Da Ciência da Administração – UFSC – CAPES – UAB – 2009

O texto inicia por uma apresentação do livro. O autor expressa sua idéia de que “Tudo corre. Escorre.” Acrescenta que não sabemos para onde corremos e, não se sabe quando, vamos dar de cara com a morte. Outro pensamento do autor é que vivemos em um mundo no qual claramente vale o privado, o interesse privado, e não o público, nem o interesse público. O “mercado” nos força a correr, sermos líquidos, para que ele não nos diga: “você é supérfluo”.

O autor questiona: “de que adianta pensar?”.  Pensar nos faz parar, pensar torna-nos supérfluos? Afinal, o "mercado" fornece o “pret-a-penser” dos livros de auto-ajuda.

Diante deste cenário, o autor convida o leitor a refletir o papel, a importância e a serventia do pensamento. Apresenta também o chamado roteiro de Kant:

a)      O que é possível conhecer?
b)      O que devemos fazer?
c)      O que nos é lícito esperar?
d)      O que é ser humano?

A partir da pág. 19, inicia-se a unidade 1 cujo título é: O que é filosofia? O autor apresenta filosofia como pensar o sentido do que nos acontece ou sobre o significado da vida. Apresenta ainda outra definição, onde filosofar é saber viver com sabedoria. Ele conclui esta sessão estabelecendo que filosofar é procurar a verdade por meio da atividade racional. Indica também que fazer filosofia exige fazer o questionamento adequado, ou seja, perguntar - que horas são?- não é filosofar, mas perguntar -o que é o tempo?- é filosofar.

Ao discutir a atitude filosófica, ele afirma que o filosofo não se contenta com as coisas óbvias e as questiona. Esta posição é compartilhada por Darcy Ribeiro. Esta investigação do banal, quando mal compreendida, explica a existência de uma visão pejorativa da filosofia entre o público em geral. Em oposição a esta visão depreciativa, o autor comenta que somente nações poderosas tiveram filósofos de relevância e dá diversos exemplos.

A seguir, ele discute a especificidade do conhecimento filosófico. Apoiado nos conceitos de Marilena Chauí, ele apresenta 4 definições complementares.
a) visão do mundo.
b) sabedoria de vida.
c) esforço racional.
d) epistemologia ou teoria do conhecimento científico.

Após enfatizar que filosofia é reflexão, é crítica e análise, e que se distingue de ciência, o autor desloca o foco do texto para a história da filosofia. Ele diz que a filosofia, como forma de conhecimento sistemático, nasceu na Grécia Antiga mais de 2500 anos atrás. De Atenas surgiram os 3 maiores expoentes da filosofia grega: Sócrates (470-399 A.C.), Platão (428-348 A.C.) e Aristóteles (384-322 A.C.).  O primeiro, Sócrates, é responsável pela concepção de filosofia como busca amorosa pela verdade. Já o último, Aristóteles, foi professor de Alexandre, o grande, que contribuiu decisivamente para a divulgação da cultura grega pelo oriente médio. Durante o Império Romano, a filosofia grega floresce pela Europa. Finalmente, o casamento entre o pensamento racional grego e o cristianismo, segundo o autor, produz a base da idade média.

Ao discutir o sentido da filosofia, Selvino J. Assmann cita Jean-Pierre Vernant (2002) que afirma que os gregos inventaram a filosofia para resolver um problema prático: Como encontrar uma maneira segura, definitiva, ordeira, harmoniosa e justa para a convivência social? E como garantir que esta solução fosse aplicável a todos os povos e todas as ocasiões?

A seguir, o autor expressa a diferença entre a sabedoria oriental e a ocidental (filosofia).  Ele explica que a sabedoria oriental se fundamenta em dois princípios (Yin = feminino e Yang = masculino) que nunca coincidem. Por sua vez, a filosofia (ocidental) tem como característica a unidade da realidade, do fundamento, da razão. Ele também diferencia filosofia de ciência (representada pela contribuição de Galileu, Bacon, Newton, etc), de senso comum, de mito e de teologia. Curiosamente, o autor afirma que enquanto todos sabem o que é química, biologia, física, há uma pluralidade de definições de filosofia.

Para concluir, o autor explora a afirmativa de Platão que disse ser Sócrates mais sábio que ele. A justificativa de Platão repousa no fato de que Sócrates nunca escrevera um livro ou artigo. Retomando a discussão do início do texto, o autor diz que, em nossos dias, o grande sábio seria considerado improdutivo e supérfluo!!?

Finalmente, ele explica a existência de múltiplas filosofias, relacionadas a diferentes períodos históricos ou autores. Por exemplo, Filosofia Antiga, Medieval ou ainda Filosofia Cartesiana, Socrática, etc.

Bibliografia:
VERNANT, Jean-Pierre. Entre mito e política. 2ª Ed. São Paulo. EDUSP. 2002


1a tarefa: EAD352 - Introdução à Economia


ESTUDO DIRIGIDO – MÓDULO 1

Questões:

1) Cite e defina os quatro princípios que o processo de tomada de decisão envolve.

O processo de tomada de decisão envolve os seguintes princípios:
a) O princípio da Escolha.
b) O princípio do Custo Real.
c) O princípio dos Benefícios Marginais.
d) O princípio da Reação a Estímulos.

            Passamos, agora, a descrever brevemente cada um deles.

O Princípio da Escolha reflete o fato que (salvo raríssimas exceções) existe uma escassez de recursos disponíveis e, conseqüentemente, não é possível atender todas as “necessidades humanas”. Há, portanto, que se escolher onde serão empregados os recursos disponíveis.

O Princípio do Custo Real exprime o fato que, devido à impossibilidade de se satisfazer todas as necessidades, as necessidades que não foram escolhidas para serem atendidas tornam-se um preço a pagar. Por exemplo, imaginemos um administrador público que opta por construir uma praça no centro da cidade, ao invés de um piscinão que conteria enchentes em um bairro da periferia. O custo real não é apenas o custo financeiro da execução da praça, mas deve-se somar o “custo adicional” correspondente à insatisfação dos moradores da periferia quando enfrentarem o período de chuvas.

O Princípio dos Benefícios Marginais pressupõe que o tomador de decisões seja racional. Assim, ele deverá executar uma ação, se e somente se, os benefícios marginais superarem os custos marginais. Cabe lembrarmos que estudamos as formas de cálculo matemático de custos e benefícios marginais na disciplina Matemática para Administradores no semestre passado.

O Princípio da Reação a Estímulos reflete o fato que custos e benefícios podem ser modificados através de estímulos ou incentivos. Assim, estes estímulos podem alterar a interpretação de determinado custo ou benefício, e conseqüentemente alterar todo o processo decisório.

2) O que é um “bem”? Como podem ser classificados os bens?

            O que explica a grande disparidade em condições de vida de diferentes nações é sua também diferente capacidade de produzir bens e serviços. Esta explicação só fará algum sentido se compreendermos o que é um “bem”.
            Em termos genéricos, tudo que possa ser usado para satisfazer uma necessidade humana é considerado bem. Os bens podem ter valor financeiro ou não. Assim, uma primeira classificação dos bens os separa entre bens econômicos e bens livres. Os bens livres são aqueles que estão à disposição em quantidade ilimitada, tais como o ar, a água, a beleza de um por do sol ou de um arco-íris.

3) Quais são os bens econômicos?

            Os bens econômicos se contrapõem aos livres. Por serem escassos, exigem alguma forma de esforço ou pagamento para obtê-los. Exemplos de bens econômicos podem ser: uma mansão, um carro importado, roupas de grife, jóias, etc.

4) Como se classificam os bens materiais?

            Os bens econômicos podem ser materiais ou imateriais (serviços). Os materiais são subdivididos em: consumo e capital. Os bens materiais de consumo podem ser duráveis como um carro ou não duráveis como a gasolina que serve de combustível para o mesmo carro. Os bens de capital servem como meio de produção de outros produtos. Por exemplo, o forno que produz vidro, o aço produzido em uma siderúrgica, etc.

5) Como são classificados os bens de consumo e de capital?

            Os bens materiais, independente de serem de consumo ou de capital, são ainda divididos entre bens finais e intermediários. Por exemplo, o aço produzido na usina siderúrgica (bem de capital intermediário) pode ser transformado na carroceria de um automóvel (bem de consumo final).


6) Conceitue Bens Públicos e Bens Privados.
           
            Os bens públicos são aqueles não-exclusivos e disputáveis como é o caso do banco de uma praça. Por sua vez, o capacete de um motociclista é um bem privado. É interessante notar, contudo, que há ocasiões em que a linha que separa o bem privado do público torna-se muito tênue. Tomemos como exemplo a Rodovia Presidente Dutra que liga a cidade de São Paulo à cidade do Rio de Janeiro. Esta rodovia foi “privatizada” há em 1996. O consórcio chamado de “Nova Dutra”, composto por grandes construtoras (Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht Serviços de Infra-Estrutura e Serveng-Civilsan), adquiriu o direito de exploração econômica da estrada por 25 anos. Notemos que a estrada ainda permanece uma propriedade do governo federal e é, portanto, um bem público. Contudo, sua manutenção e exploração foi transferida a um conjunto de poderosas empresas de construção civil por um longo período de tempo.

7) Cite e conceitue os Agentes econômicos.
         
São chamados agentes econômicos todas as Empresas, os consumidores familiares e o governo por intervirem diretamente na dinâmica da Economia. Note que esta definição abrangente não distingue entre diferentes formas de economia como capitalismo ou socialismo.

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