A resposta está no final desta postagem.
Oi Pessoal,
Como todos vocês, eu torci muito pelo Brasil na Copa. Torci mais nessa que em outras. Eu tinha uma motivação especial, eu torcia pela filosofia com que Dunga dirigia a seleção.
Na minha vida, sempre acreditei em dedicação, esforço, mérito e seriedade. Sempre acreditei, que em um esporte coletivo, o time é mais importante que qualquer indivíduo. Não achava que a seleção deveria levar baladeiros à Copa. A seleção não deveria dar mais um mal exemplo ao nosso povo. Aqueles que ganharam a Copa América, a Copa das Confederações e que classificaram o Brasil para a Copa não deveriam perder o lugar para aqueles que estavam na farra quando deveriam treinar!!
Na minha juventude tive a oportunidade de treinar polo-aquático sob a orientação de João Gonçalves Filho. Ele foi um dos maiores atletas brasileiros da década de 1960 e, é claro, pouco conhecido em nosso país. Faleceu recentemente.
http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI4529448-EI1877,00-Morre+o+exatleta+olimpico+Joao+Goncalves+Filho.html
Ele dizia:
i) se um companheiro de equipe tivesse com um olho fechado por uma agressão sofrida no jogo, e
ii) se notássemos que ele levaria outro soco, no outro olho.
Se não fossemos capazes de impedir, deveríamos, pelo menos, colocar nosso rosto na frente. Ficaríamos os dois com um olho fechado, mas ainda seríamos um time!!
Essa é uma lição que nunca esqueci e que aplico na minha vida. Tento ser um exemplo para minha família.
Com a derrota para a Holanda e consequente desclassificação, temo que esqueçamos os princípios morais e nos deixemos levar pela "Lei do Gerson" (*)!!
Antes do jogo contra a Holanda, Dunga tinha 70% de aprovação do povo brasileiro. Após o jogo, era considerado o principal culpado pelo fim do sonho do hexa. Foi tão execrado que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o demitiu através de mensagem no site da CBF. Quem tiver a curiosidade, verifique a biografia de Teixeira (com t de tratante) e compare-a com a de Dunga (com d de digno). Há um abismo moral entre os dois.
Por isso, em minha vida profissional e privada, eu prefiro o caminho trilhado pelos Dunga´s e João Gonçalves´s. Sinto muito por ver que o Brasil parece preferir os Teixeira´s e Havelange´s.
Se você teve a paciência de ler até aqui, convido-o para entrar no seguinte site:
http://economia.uol.com.br/planodecarreira/artigos/polito/2010/07/13/dunga.jhtm
(acessado em 14/07/2010)
Abraços,
Resposta:
O homem de terno é João Havelange. Entre outros tantos cargos, ex-presidente da CBD (confederação brasileira de desportes) e ex- presidente da Fifa de 1974 a 1998. Foi pelas suas mãos que, há mais de 20 anos, Ricardo Teixeira (na época genro de JH) foi levado à presidencia da CBF !!
No livro Foul! The Secret World of FIFA: Bribes, Vote-Rigging and Ticket Scandals, lançado em 2006, o jornalista investigativo Andrew Jennings descreve Havelange como um dirigente corrupto. Segundo o autor, Havelange teria se aliado a Horst Dassler para subornar dirigentes nas eleições para a presidência da FIFA, além de obter vantagens pessoais na realização de contratos com a entidade.
(*) O negócio é levar vantagem em tudo, certo??
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