domingo, 19 de dezembro de 2010

Parlamentares ficam de bolso cheio e boca calada


Aumento para quem já tem muito!

O aumento de salários de 62% para os parlamentares federais foi aprovado em regime de urgência!! Mais uma vez, eles se autoconcederam reajustes abusivos. Para a presidente da República, o reajuste será de 134%, enquanto que os ministros terão um aumento de salário de quase 150%.
É claro que este aumento tem um efeito cascata, pois atingirá sucessivamente deputados estaduais, distritais e vereadores.
 
Ao mesmo tempo, o governo encaminhou proposta orçamentária com cortes de 3 bilhões de reais que atingem a educação com redução de 500 milhões de reais. 
 
 
Por sua vez, a relatora-geral do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), disse que vai manter no Orçamento Geral da União o salário mínimo de R$ 540,00.
 
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou, nesta sexta-feira (17/12/2010), que as chances do novo salário mínimo ser de R$ 580 são remotas. "É difícil fixar o mínimo em R$ 580, porque não tem orçamento", disse, segundo a Agência Brasil.


A integra da reportagem pode ser vista em:

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=35608

2 comentários:

  1. Apenas seis, dos quase 400, deputados manifestaram posição contrária ao aumento. Foram eles: Luiza Erundina, Chico Alencar, Ivan Valente, Eduardo Valverde (PT-RO), Magela (PT-DF) e Fernando Chiarelli (PDT-SP). Lembre-se disso na hora de votar. Reproduzo abaixo a fala de:

    Luiza Erundina (PSB-SP)

    “Senhor presidente, colegas parlamentares, telespectadores, a bancada do PSB não se reuniu nem tomou uma posição a respeito desta matéria, o que me dá condição de me posicionar a respeito. E eu o faço neste momento, manifestando minha absoluta rejeição, contrariedade e posição firme contra a aprovação deste reajuste absurdo, desrespeitoso e atentatório ao interesse público.

    Perguntem aos aposentados, perguntem aos policiais militares e civis, perguntem aos pensionistas, perguntem aos contribuintes — sobre quem pesam os altos tributos regressivos, pois esta é a lógica do sistema tributário em nosso País — o que eles acham desse absurdo, inaceitável, indefensável reajuste da remuneração dos representantes do povo.

    Senhor presidente, colegas, telespectadores, esta Casa não é um clube de amigos que se reúnem para dividir os lucros ou as vantagens auferidas num determinado período. Nós não podemos deliberar, em nome do povo, no nosso próprio interesse, contrariando o interesse público.

    Apelo ao bom senso, à responsabilidade, à consciência de que não podemos tomar esta decisão nos termos em que está posta na resolução que se quer apreciar na sessão de hoje.

    Sr. presidente, eu recomendaria aos meus colegas parlamentares que tomassem cuidado ao sair daqui depois desta votação. Se esta proposta for aprovada, tirem os seus bótons, porque vão sofrer agressões, críticas e reações da população, que não aceita esta arbitrariedade, este desrespeito e esta desconsideração com o interesse público.

    Eu não sei qual é a posição da minha bancada, pois ela não se reuniu para deliberar. Por isso, Sr. presidente, manifesto aqui minha posição pessoal, absolutamente contrária. O meu voto é não; o meu voto é de denúncia contra o desrespeito ao interesse público que esta medida representa, em especial por ser apreciada num final de Legislatura, sem transparência, sem uma lógica que justifique este reajuste tão diferenciado, concedido em favor de quem decide a respeito da questão.

    Para concluir, senhor presidente, quero dizer que quem deveria decidir sobre os honorários dos representantes do povo é o próprio povo, porque ele tem suas razões, seus interesses, é a autoridade investida de poder para dizer o que os seus representantes devem aprovar e de que forma devem usufruir do mandato que lhes é conferido em eleições livres, democráticas e soberanas. Nós acabamos de ser reeleitos, senhor presidente, e estaremos traindo a vontade popular, se chegarmos a aprovar esta matéria.

    Era o que tinha a dizer, senhor presidente.”

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