sexta-feira, 29 de junho de 2012

O ministro da educação e as greves de professores ou a greve, o feijão e o sonho: Parte 1

A opinião do Ministro da Educação: Aloísio Mercadante Oliva sobre a greve dos professores



Em julho de 1984, o jovem Aloísio Mercadante Oliva era chefe do departamento de economia da PUC de São Paulo e (pasmem) vice-presidente da Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior!!


Em um artigo publicado na revista VEJA daquele mês, ele expôs com brilho as razões que levavam os professores à greve. Ele mostrava as dificuldades de se seguir um sonho quando a única maneira de lutar pelo feijão na mesa é através da greve!








Impressiona que 28 anos depois, o mesmo (?) Mercadante, na condição de Ministro da Educação, tenha se esquecido do sonho de educar com dignidade. 


Talvez, os sonhos tenham se perdido junto com os cabelos rebeldes de outrora...


Visite o link que apresento abaixo e leia as opiniões dele quando ainda sonhava e se preocupava em garantir que os estudantes tivessem uma educação de primeira qualidade, que os filhos dos professores não ficassem sem feijão no prato e que os professores não precisassem ir à greve.


http://poiesisdoire.blogspot.com.br/2012/06/greve-o-feijao-e-o-sonho.html

Boa Leitura,

A História do PT - do nascimento à meia idade

Urgente Aula de História- Lúcia Hippólito, comentarista politica da CBN
 

Aula de História
O  PT

(Lúcia Hippólito)

“O Nascimento” do PT:
 
O PT nasceu de cesariana, há 30 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base. Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
 
“O Crescimento” do PT:
 
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras. O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto. 

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros. Tudo muito chique, conforme o figurino.
 

“Maioridade” do PT:
 
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.


A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL. Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto. E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas. Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64. Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República. Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

 

É o triunfo da pelegada.

Lucia Hippolito                                 O PERIGO É O SILÊNCIO

PS: As ilustrações foram incluídas pelo blogueiro